Empresas de ônibus de São Paulo lançam campanha contra incêndios e ataques

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

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Cada ônibus destruído pode custar R$ 1 milhão
Empresas de ônibus de São Paulo lançam campanha contra incêndios a coletivos. Só nestes quatro primeiros meses de 2014 foram queimados mais ônibus que no ano passado inteiro. As empresas querem que os ataques sejam considerados pela polícia crimes mais graves, como colocar vidas em risco.
O sindicato das empresas de ônibus de São Paulo, SPUrbanuss, lançou nesta quinta-feira uma campanha para tentar coibir os ataques a veículos de transportes coletivo.
A campanha tem o lema é “Ônibus queimado não leva a lugar nenhum” tem o apoio do Ministério Público, da Secretaria de Segurança Pública do Governo do Estado e da Secretaria Municipal de Transportes da Prefeitura de São Paulo.
Mensagens serão veiculadas na mídia, nos ônibus e em relógios de rua.
O presidente da SPUrbanuss, Francisco Christovam, diz que um dos objetivos da campanha é estimular as denúncias por parte da população
SONORA
A campanha também tem o apoio das cooperativas de transporte.
As empresas de ônibus querem também que os incêndios a ônibus sejam tipificados como crimes mais graves, como colocar vidas em risco.
De são Paulo, Adamo Bazani.​
CONFIRA NOTA COMPLETA DO SPURBANUSS:
SPUrbanuss lança campanha “Ônibus queimado não leva a lugar nenhum”
Objetivo é promover a conscientização da população e reforçar a importância das denúncias contra a depredação e incêndio de ônibus
As constantes manifestações e protestos na capital paulista levaram o SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) a desenvolver a campanha “Ônibus queimado não leva a lugar nenhum”, com o objetivo de promover a conscientização e orientar a sociedade para que denuncie qualquer ato criminoso e de vandalismo contra o transporte público. A campanha será divulgada entre hoje, 24 de abril e 30 de maio, em toda região metropolitana de São Paulo.
Desenvolvida em parceria com o CMT (Consórcio Metropolitano de Transportes) e a Fecootransp (Federação das Cooperativas de Transporte do Estado de São Paulo), a ação também conta com o apoio do Ministério Público, da Secretaria de Segurança Pública do Governo do Estado e da Secretaria Municipal de Transportes da Prefeitura de São Paulo.
Com plano de mídia abrangente, a ação “Ônibus queimado não leva a lugar nenhum” foi criada pela agência Rae,MP. Inclui peças publicitárias, inserções de filme de 30 segundos na mídia televisiva em horário nobre, spots de mesma duração nas principais emissoras de rádio da Capital e, na mídia impressa, serão efetuados anúncios em jornais especializados. Também haverá divulgação nos relógios de rua da Cidade e inserção em Bus Mídia TV.
“O grande desafio é propagar a reflexão de que a população é a principal prejudicada com a depredação dos ônibus. Precisamos da ajuda de todos para combater as ações criminosas. As denúncias serão essenciais para minimizar os impactos causados no transporte público, e para que os responsáveis por tais atos sejam devidamente punidos”, afirma Francisco Christovam, presidente do SPUrbanuss.
A cidade de São Paulo tem uma população de mais de 11 milhões de habitantes. Se somados a esse número seus 38 municípios vizinhos, chega a quase 17 milhões. As concessionárias transportam cerca de seis milhões de passageiros por dia na Capital, demandando uma quantidade de ônibus considerável.
De acordo com balanço divulgado pela SPTrans, aumentou para 65 a quantidade de ônibus municipais queimados em São Paulo, em 2014. Segundo levantamento realizado pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), 17 ônibus intermunicipais foram incendiados na Grande São Paulo, sendo quatro ataques registrados no município de Guarulhos.
O teor dos manifestos não está diretamente ligado a reivindicações por transporte público de qualidade, aumento da tarifa, itinerários ou atrasos. Segundo Christovam, os ônibus são incendiados para chamar a atenção das autoridades por motivos distintos, nenhum deles relacionado com o transporte coletivo. “Nosso maior objetivo é alertar que essas atitudes só prejudicam os usuários. O SPUrbanuss está do lado do povo e solicita a colaboração de todos em prol da preservação de um patrimônio que é de uso público.”
Toda a população da Capital, usuária ou não do transporte coletivo, pode colaborar com a campanha, utilizando o Dique Denúncia 181. O serviço pertencente à polícia, funciona 24 horas e não exige identificação. As informações serão devidamente registradas e encaminhadas ao órgão responsável pela investigação.
SPUrbanuss
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que representa as empresas concessionárias responsáveis pelos serviços de transporte de passageiros por ônibus do município de São Paulo. A entidade nasceu em 23 de março de 1961, denominada Associação Paulista de Empresas de Ônibus Urbanos. Entre as suas missões, está a defesa por políticas públicas de priorização do transporte coletivo sobre o individual, além de apoiar e colaborar para o desenvolvimento do setor. Atualmente, conta com 14 empresas associadas, divididas em oito consórcios operacionais.
CMT (Consórcio Metropolitano de Transportes)
O Consórcio Metropolitano de Transportes é formado por 45 empresas de ônibus que operam nos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Esta grande operação envolve cerca de 4.900 ônibus intermunicipais em circulação diária na Região Metropolitana, transportando mais de 560 milhões de passageiros transportados anualmente nas 600 linhas e serviços autorizados.
Fecootransp (Federação das Cooperativas de Transporte do Estado de São Paulo)
A Fecootransp representa 43% de todo o transporte público da Capital. Atualmente, possui na cidade de São Paulo mais de seis mil veículos em circulação, transportando cerca de quatro milhões de pessoas por dia. A entidade conta com aproximadamente 30 mil cooperados diretos, sendo responsável por gerar inúmeros empregos indiretos, por meio da quantidade de serviços que demanda.