Mercedes-Benz garante por um ano os empregos em Juiz de Fora

Os cerca de 800 postos de trabalho na unidade da Mercedes-Benz em Juiz de Fora, na Zona da Mata, estão assegurados pela montadora por, pelo menos, um ano. Em acordo firmado com o sindicato dos metalúrgicos da cidade, a empresa garantiu os níveis de emprego até junho do ano que vem, além do pagamento de R$ 5 mil referentes a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Também ficou definida a abertura de uma nova turma de lay-off ainda neste exercício e outra em 2016.
As informações foram confirmadas pelo sindicato e pela própria companhia. Na avaliação do diretor da entidade, Antônio Carlos Nascimento Souza, a garantia de emprego beneficia a categoria mediante o cenário econômico adverso e a estimativa de produção inferior a 7 mil unidades neste ano.
"Trata-se de uma grande conquista, principalmente diante do atual cenário. Já vínhamos negociando em nome da categoria com a empresa há mais de dois meses e agora tivemos uma definição", diz. No fim do mês passado, os operários já tinham aceitado as propostas, mas mantinham a exigência de manutenção dos empregos na unidade, que foi aceita pela Mercedes na última quinta-feira.
Conforme informações da assessoria de imprensa da montadora, os R$ 5 mil referentes ao PLR serão pagos em duas parcelas: R$ 3 mil em 20 de agosto e R$ 2 mil, em 20 de fevereiro de 2016. Já em relação à abertura de duas novas turmas de lay-off, a assessoria confirmou que a primeira ocorrerá entre julho e novembro deste ano, envolvendo 75 funcionários. Já a segunda, de dezembro a abril, em número ainda não confirmado.
De maneira geral, as montadoras instaladas em Minas Gerais têm amargado resultados negativos neste ano, conforme dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Somente as vendas de caminhões da Mercedes-Benz caíram 43,6% nos primeiros cinco meses deste ano contra igual período de 2014. Foram comercializadas 7.848 unidades, ante 13.936 veículos no exercício passado.
Em maio, as vendas da companhia cresceram 2% em relação ao mês imediatamente anterior, passando de 1.629 unidades para 1.662 veículos. Por outro lado, na comparação com o mesmo intervalo de 2014, quando foram 3.355 emplacamentos, houve retração de 50,4%.
Na planta em Juiz de Fora são produzidos os modelos Accelo e Actros. A unidade pode produzir até 50 mil caminhões anualmente e conta com cerca de 750 funcionários.

Câmara Metropolitana do Rio quer tarifa única em diferentes cidades

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

ônibus
Ônibus na região metropolitana do Rio de Janeiro. Órgão que reúne prefeitos quer tarifa única para cidades diferentes.
Câmara Metropolitana do Rio quer tarifa única entre cidades
Secretaria estadual concorda com possibilidade
ADAMO BAZANI – CBN
Diferentes municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro podem ter tarifa única de transportes, seja por trens, metrô, barcas ou ônibus.
Este deve ser um dos objetivos da Câmara Metropolitana de Integração Governamental logo que for criada formalmente a Agência Metropolitana que deve reunir os prefeitos da região. Os moldes são parecidos com o Consórcio Intermunicipal do ABC, na Grande São Paulo, que já desenvolveu planos de mobilidade para as cidades interligadas e conseguiu verbas da União para as intervenções.
O debate foi levado a público durante o Fórum Metropolitano da Sustentabilidade, coordenado pela FGV – Projetos pelo diretor executivo da câmara, Vicente Loureiro.
A proposta, que não tem data para ser colocada em prática e depende de estudos, é vista positivamente pela secretaria estadual de transportes do Rio de Janeiro.
O coordenador do Plano Diretor de Transportes Urbanos da secretaria de estado, Newton Leão, disse no evento que a tarifa única trata-se de uma forma de tratar de maneira igual todos os cidadãos da região metropolitana.
A proposta também abrange a criação de um bilhete único metropolitano.
Atualmente, com subsídio do governo estadual, é possível fazer uma viagem municipal e uma metropolitana por R$ 5,90 num período de três horas por sentido.
Na cidade do Rio de Janeiro, é possível usar dois ônibus num período de duas horas e meia por sentido, pagando uma tarifa de R$ 3,40.
A região metropolitana do Rio de Janeiro reúne 21 cidades com 12,3 milhões de habitantes.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

Mais linhas da Pluma são transferidas para outras empresas

Fonte: Blog Ponto de Ônibus


Pluma transfere linhas
Ônibus da Pluma. Empresa praticamente encerra ciclo de operações com mais transferências de linhas. Foto: Adamo Bazani
Mais linhas da Pluma são transferidas para outras empresas
Companhia de ônibus enfrenta dificuldades. Em procedimentos anteriores, mais serviços deixaram de ser prestados pela Pluma uma das mais tradicionais do País
ADAMO BAZANI – CBN
Uma das mais tradicionais empresas de ônibus rodoviários do País, a Pluma Conforto e Turismo, do Paraná, que atua desde 10 de fevereiro de 1966, mas teve suas origens com a Transportadora Galiotto, em 1954, é outra que enfrenta dificuldades e vai perdendo serviços.
Nesta segunda-feira, dia 22 de junho de 2015, a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, publicou no Diário Oficial da União, a transferência de mais linhas importantes da Pluma para outras empresas  como Auto Viação Catarinense Ltda e JBL Turismo Ltda.
Foram duas resoluções autorizando as transferências: 4.761 e 4.762, incluindo linhas internacionais como Curitiba (PR) – Asuncion (PY) e Criciúma (SC) – Asuncion (PY). Confira:
RESOLUÇÃO Nº 4.761, DE 18 DE JUNHO DE 2015 Art. 1º Autorizar o pedido de transferência dos serviços Rio de Janeiro (RJ) – Buenos Aires (RA), via Foz do Iguaçu (PR), prefixo nº 10-0306-00, Rio de Janeiro (RJ) – Santiago (CL), prefixo nº 10- 0711-00, São Paulo (SP) – Buenos Aires (RA), via Porto Alegre (RS), prefixo nº 10-0839-00, Uruguaiana (RS) – São Paulo (SP), prefixo nº 10-0839-03, e Balneário Camboriú (SC) – Buenos Aires (RA), prefixo nº 10-1330-00, operados no regime de Autorização Especial, da Pluma Conforto e Turismo S.A. para JBL Turismo Ltda. – ME. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. JORGE BASTOS
RESOLUÇÃO Nº 4.762, DE 18 DE JUNHO DE 2015 Autoriza a transferência de serviços da empresa Pluma Conforto e Turismo S.A. para a empresa Auto Viação Catarinense Ltda. A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, no uso de suas atribuições, em conformidade com o disposto nas Resoluções nº 2.868, de 4 de setembro de 2008, e nº 3.076, de 26 de março de 2009, fundamentada no Voto DAL – 192, de 18 de junho de 2015, e no que consta do Processo nº 50500.086236/2015-57, resolve: Art. 1º Autorizar o pedido de transferência dos serviços Curitiba (PR) – Porto Alegre (RS), via BR-101, prefixo nº 09-0061-00, Curitiba (PR) – Santa Maria (RS), via U. da Vitória, prefixo nº 09-0149-00, Curitiba (PR) – Santa Maria (RS), via Lages (SC), prefixo nº 09-0889-00, Curitiba (PR) – Criciúma (SC), prefixo nº 09-0956-00, Curitiba (PR) – Asuncion (PY), prefixo nº 09-1025-00, Curitiba (PR) – Ijuí (RS), prefixo nº 09-1044-00, Paranaguá (PR) – Asuncion (PY), prefixo nº 09-1329-00, Porto Alegre (RS) – Joinville (SC), prefixo nº 10-0977-00, Porto Alegre (RS) – Balneário Camboriú (SC), prefixo nº 10-1321-00, Criciúma (SC) – São Paulo (SP), prefixo nº 16-0656-00, Joinville (SC) – Ijuí (RS), via Barracão, prefixo nº 16-1044- 01, Araranguá (SC) – São Paulo (SP), prefixo nº 16-1332-00, Araranguá (SC) – São Paulo (SP), prefixo nº 16-1332-01, Araranguá (SC) – Campinas (SP), prefixo nº 16-1332-02, Florianópolis (SC) – Foz do Iguaçu (PR), prefixo nº 16-1333-00, Criciúma (SC) – Asuncion (PY), prefixo nº 16-1334-00, operados no regime de Autorização Especial, da empresa Pluma Conforto e Turismo S.A. para empresa Auto Viação Catarinense Ltda. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. JORGE BASTOS Diretor-Geral
Anteriormente, algumas linhas da Pluma foram transferidos para a Expresso Nordeste, que atua no segmento rodoviário regular a partir do Sul do País também.
Movimento semelhante, mas não igual, ocorreu com a Viação Itapemirim. A empresa fundada por Camilo Cola, no Espírito Santo, transferiu por negociação financeira, 68 linhas para a Kaissara, marca da Viação Caiçara, que já era parceira operacional da Itapemirim, antes da transação.
A diferença é que a Pluma transferiu as linhas para outras empresas com quadro societário já difundido claramente ao mercado e com mais tempo de atuação em linhas com características interestaduais de média ou longa distância.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Brasil tem de aumentar em oito vezes investimentos em mobilidade, diz BNDES

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

ônibus
Ônibus urbano. Estudo do BNDES aponta que Brasil precisa aumentar em oito vezes osINVESTIMENTOS em mobilidade urbana e que o déficit na malha de corredores de ônibus, trens e metrô é de 1.633 quilômetros. Foto: Adamo Bazani.
INVESTIMENTOSem transportes precisam crescer oito vez para os serviços terem qualidade, diz BNDES
Estudo fez uma análise das quinze maiores regiões metropolitanas do País. Para daqui a doze anos a situação ser ideal, seriam necessários R$ 234,8 bilhões
ADAMO BAZANI – CBN
O Brasil investe mal e pouco em mobilidade urbana para garantir qualidade de vida para os cidadãos. O que se constata na prática todos os dias em ônibus lotados e trens e metrôs insuficientes, o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social traduziu em números apontando o déficit da malha de transportes públicos e quanto em recursos seria necessárioINVESTIR.
E os valores não são nada baixos: para que em 2027, ou seja, daqui a doze anos, as cidades das quinze regiões metropolitanas mais populosas do Brasil tenham sistemas de mobilidade urbana com qualidade seriam necessáriosINVESTIMENTOS de R$ 234,8 bilhões neste período. O número é oito vezes maior que as médias atuais de investimentos.
Hoje os recursos aplicados em mobilidade urbana pelas diversas instâncias de governo, sejam municipais, estaduais e federal, equivalem a 0,05% do PIB – Produto Interno Bruto. Esta é a média apurada pelo BNDES de 1995 a 2013. Países da Europa e da Ásia investem anualmente de 0,5% a 1% do PIB para os transportes urbanos.
O estudo do BNDES chegou a este valor levando em consideração dados como tamanho da população, tipo de meio de transporte mais adequado, perspectivas de crescimento no número de habitantes e de viagens e os sistemas de transportes já em implantação.
DÉFICIT NA MALHA:
O Brasil tem um déficit de 1 mil 633 quilômetros de malhas de transporte público considerando corredores de ônibus (comuns ou BRTs de alta velocidade), trens suburbanos e metrô.
Para que esta quantidade de rede seja criada, os R$ 234,8 bilhões devem começar a ser aplicados gradativamente desde agora. Para isso, no Brasil, oINVESTIMENTO médio anual em transportes coletivos que é de 0,05% do PIB deveria saltar para uma média de 0,4% ao ano.
Para se ter uma ideia, somente a região metropolitana de São Paulo necessitaria de R$ 83,5 bilhões, sendo que deste valor, R$ 56 bilhões seriam para construir 93 quilômetros de metrô, com linhas que vão além dos limites da capital paulista.
Mas o ritmo das obras vai muito aquém das necessidades. Nos últimos 20 anos, o Governo do Estado de São Paulo aplicou R$ 30 bilhões para a expansão do Metrô que tem 80,2 quilômetros de rede e 67 quilômetros em construção ou projeto.
O restante do valor, quase R$ 30 bilhões, seria basicamente para corredores de ônibus que estão também em ritmo lento. Há necessidade de mais corredores de ônibus de alta demanda metropolitanos. Os municipais também estão em falta. Na cidade de São Paulo, apenas 38 quilômetros foram entregues e 60 quilômetros estão em obras na atual gestão. Os números são bem inferiores aos 150 quilômetros de corredores de ônibus prometidos durante a campanha eleitoral pelo prefeito Fernando Haddad. A cidade de São Paulo enfrenta problemas de recursos, ainda mais agora com o ajuste fiscal do governo federal que atrasa as liberações de recursos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, e a não aplicação da lei sancionada pela própria presidente Dilma Rousseff que reduziria as dívidas dos Estados e municípios com a União, ampliando a capacidade deINVESTIMENTOS e diminuindo a alta carga de juros já pagos ao governo federal. No caso de São Paulo, pesam também as indisposições políticas entre Fernando Haddad e o conselheiro do TCM –Tribunal de Contas do Município, Edson Simões, que barrou a licitação de 128 quilômetros de corredores de ônibus alegando que a prefeitura tinha erros de projetos e que não apresentou as fontes de recursos para as obras.
O Ministério das Cidades, capitaneado pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, hoje aliado do PT e antes aliado do PSDB, informou que os recursos aplicados pela pasta em mobilidade urbana já somaram R$ 154 bilhões nas duas gestões de Dilma Rousseff e que incentiva estados e municípios a buscarem outras formas deFINANCIAMENTOS. Para bom entendedor: prefeitos e governadores agora devem se virar, inclusive batendo à porta da iniciativa privada.
Apesar de realmente cidades e estados não deverem depender exclusivamente do governo federal, há um contrassenso na postura da União. Com as dívidas que o governo federal não renegocia, estados e municípios não conseguem novos financiamentos e com o atual quadro econômico de recessão, com queda no consumo, contas públicas estouradas, inflação e desemprego, a iniciativa privada reduziu a capacidade deINVESTIMENTO.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

BRT trouxe prejuízos e queda no número de passageiros, dizem empresas de ônibus de BH

Fonte: Blog Ponto de Ônibus


ônibus

Ônibus do BRT Move, em Belo Horizonte. Viações alegam prejuízos depois de implantação do sistema. Foto: Motornews.

BRT trouxe prejuízos e houve queda de passageiros, dizem empresas
Após implantação do Move, em Belo Horizonte, companhias de ônibus dizem que conta não fecha e pedem segundo reajuste de tarifas
ADAMO BAZANI – CBN
Entre as propostas de um BRT – Bus Rapid Transit, sistema de corredores de ônibus com maior velocidade, está atrair mais passageiros para o transporte público, qualificar os serviços e reduzir os custos de operação.
Mas isso não tem ocorrido com o BRT Move, em Belo Horizonte, pelo menos na alegação das próprias empresas de ônibus.
Pelo Setra, que é o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte, as viações pedem mais um aumento das tarifas, que se for concedido pela prefeitura seria o segundo em seis meses, apesar de o contrato determinar um reajuste anual. Seguindo o índice de aproximadamente 12% reivindicado pelos empresários, a tarifa que foi para R$ 3,10 no final do ano passado ficaria agora entre R$ 3,40 e R$ 3,50.
Segundo o Setra, diferentemente do que era esperado, após a implantação do BRT houve queda no número de passageiros cuja média mensal em 2014 era de 34,62 milhões de usuários e nos quatro primeiros meses de 2015 foi 33,22 milhões de passageiros mensais.
As empresas alegam ainda que não tiveram o retorno dosINVESTIMENTOSrealizados para a implantação do sistema, como aquisição de frota nova e equipamentos de tecnologia.
O Setra diz que custos como pneus e combustíveis aumentaram também.
Elas pedem à prefeitura uma TIR – Taxa Interna de Retorno de 8,95%. Hoje esta taxa, segundo as empresas, seria de 2,97%.
O prejuízo alegado pelas empresas de ônibus entre janeiro e abril está acumulado em R$ 80 milhões. As viações estimam R$ 300 milhões até o final do ano.
A defensoria pública pede acesso a este suposto estudo feito para as companhias de ônibus.
Neste sábado, o prefeito Márcio Lacerda vai se reunir com os empresários para decidir sobre o aumento.
Sobre o BRT, antes de defender ou criticar o modelo de transporte, apontado por especialistas como uma das soluções de mobilidade em diversas regiões do País, é necessário verificar algumas questões como:
– Será que o modelo não é adequado para a realidade de Belo Horizonte?
– Será que o sistema não foi bem planejado?
– Será que as empresas estão operando e gerindo mal suas receitas e colocam a culpa no modal?
– Será apenas pressão para aumento de tarifa para deixar o valor mais próximo de capitais como São Paulo?
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

SP tem primeira frota de ônibus a hidrogênio do país

O Estado de São Paulo dá mais um passo para a preservação do meio ambiente. Foram entregues nesta segunda-feira, 15, três novos ônibus movidos a hidrogênio para transporte urbano no Brasil. Trata-se da primeira frota brasileira com essa especificidade. "Vai ajudar muito com a questão da poluição e meio ambiente, além de oferecer conforto, rapidez e contribuir com a saúde da população", declarou o governador Geraldo Alckmin, durante a entrega.
Os veículos têm tecnologia de propulsão, ou seja, não emitem poluentes (material particulado e gases de efeito estufa), apenas vapor d'água é eliminado pelo escapamento dos ônibus, que também oferecem mais espaço aos passageiros, aperfeiçoamento dos sistemas de controle e integração a bordo e nacionalização de todo o sistema de tração.
O projeto é totalmente brasileiro e foi coordenado pela EMTU/SP (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S.A.). Além do Brasil, os únicos países capazes de desenvolver e operar ônibus com tal tecnologia são Alemanha, Canadá e Estados Unidos. "O grande desafio das metrópoles do mundo inteiro é mobilidade urbana e poluição", acrescentou o governador.
A primeira frota vai circular no trecho Diadema/Morumbi no Corredor São Mateus-Jabaquara (ABD). 
Estação de Abastecimento
A estação de produção e abastecimento de hidrogênio, instalada na Unidade São Bernardo do Campo da EMTU, é responsável por separar as moléculas de água por meio de eletrolisadores (esse mecanismo separa os elementos químicos usando eletricidade).
O oxigênio da molécula será liberado para atmosfera e o hidrogênio, comprimido e armazenado para abastecer os ônibus. A operação dessa estação ficará a cargo da Petrobras Distribuidora.

Fauna brasileira
A fim de homenagear a conquista da engenharia nacional e associar visualmente os ônibus à tecnologia ambiental, as carroçarias dos veículos trazem desenhos de pássaros representativos da fauna brasileira e foram batizados com o nome de três espécies. São elas: Ararajuba, ave da região Amazônica que representará as regiões Norte e Nordeste; Tuiuiú, ave símbolo do Pantanal e Sabiá Laranjeira, considerada por decreto presidencial como um dos quatro símbolos nacionais.

Mercedes-Benz expande operações na América Latina

O Grupo Daimler dá mais um salto marcante em sua expansão na América Latina. A Companhia inaugurou no fim de maio uma nova fábrica de ônibus na Colômbia, localizada na cidade de Funza, região metropolitana de Bogotá, capital do país. O evento contou com a presença do presidente da república, Juan Manuel Santos Calderón, juntamente com autoridades, parceiros e convidados, bem como, funcionários e executivos da Empresa.
“Este é um momento muito importante para a nossa Empresa e para o Grupo Daimler, que deu todo o apoio para a construção da nova planta”, disse Mathias Held, presidente da Daimler Colômbia. “Podemos assim atender às novas necessidades e exigências do mercado colombiano, satisfazendo às mais altas expectativas dos clientes locais”.
“Com um investimento de mais de 5 bilhões de pesos (aproximadamente US$ 2 milhões), temos hoje nossa primeira planta de ônibus com a avançada tecnologia BlueTec 5 da Mercedes-Benz, que oferece benefícios em termos de eficiência e consumo de combustível, reduzindo também as emissões de poluentes”, diz Mathias Held. “Assim, seguimos avançando com o compromisso de oferecer ao mercado veículos para transporte coletivo que atendem às normas vigentes em todas as cidades colombianas e nos demais países da região”.
A Mercedes-Benz do Brasil é parceira da nova fábrica, fornecendo chassis de ônibus em regime CKD (veículo completamente desmontado) para produção final da nova linha de montagem em Funza.

Presença histórica e tradicional na Colômbia
A marca Mercedes-Benz está presente na Colômbia desde 1948. No ano de 1998, a representação local passou a ser uma filial do Grupo Daimler. Desde então, a Daimler Colômbia tem vivenciado uma constante expansão em sua organização, bem como em sua rede de concessionários e distribuidores autorizados. Atualmente, são mais de 15 parceiros de negócio nas principais cidades do país.
Os veículos montados ali alcançaram rápido sucesso no mercado devido a segurança e conforto proporcionados pela tecnologia de ponta e excelência da qualidade Mercedes-Benz, e também ao avançado sistema de controle de emissões, atendendo especialmente às normas ambientais do SITP (Sistema Integrado de Transporte Público) da cidade de Bogotá, o Transmilenio, referência mundial em transporte coletivo.
A Mercedes-Benz tem forte presença no SITP, com mais de 60% de participação nos veículos novos integrados a este sistema. Como consequência, está agora expandindo a montagem de chassis de ônibus com a inauguração da nova planta.
Há mais de 15 anos, a Daimler Colômbia atua no mercado do transporte coletivo urbano de massa em seu país, o que envolve os sistemas de Bogotá, Pereira, Bucaramanga, Medellín e outras importantes cidades. São mais de 3.000 ônibus de alta qualidade e tecnologia de ponta rodando por suas vias, além de um modelo único de serviço de manutenção da Daimler durante 24 horas por dia e 7 dias por semana. Esse serviço monitora o funcionamento de cada um destes veículos, a fim de manter os sistemas de segurança, garantir o ótimo nível de emissões, aumentar a vida útil dos componentes e diminuir os custos operacionais para os clientes.

Capacidade inicial para produção de 4.000 chassis de ônibus por ano
Devido à alta demanda por ônibus de última tecnologia, a Daimler Colômbia decidiu apostar na nova planta, que conta com uma área de 11.000 metros quadrados e que terá uma capacidade instalada de 4.000 unidades por ano em sua fase inicial de operação.
Num primeiro momento, serão montados ali seis modelos de chassis de ônibus, com o intuito de serem novas referências no transporte de passageiros no País, indicados para aplicações como os sistemas integrados de transporte urbano, serviços intermunicipais, serviços especiais e transporte escolar. Esse portfólio atende assim à demanda por veículos de alta qualidade com a melhor tecnologia e com maior segurança nas vias.

O maior fabricante de veículos comerciais da América Latina
Com a inauguração da nova fábrica de chassis de ônibus em Funza, na Colômbia, a presença da Daimler está cada vez mais forte na América do Sul, o que reforça seu posicionamento de maior fabricante de veículos comerciais da América Latina.
A Mercedes-Benz do Brasil é responsável por todos os negócios do Grupo Daimler na América Latina, bem como pela operação de cinco unidades industriais. São três unidades no Brasil (caminhões, chassis de ônibus e agregados são produzidos em São Bernardo do Campo/SP; caminhões em Juiz de Fora/MG; e central de distribuição de peças e pós-vendas em Campinas/SP); uma planta na Argentina (para fabricação de veículos da linha Sprinter, caminhões e chassis de ônibus); e a recém inaugurada unidade na Colômbia (montagem de chassis de ônibus).
A Daimler Latina concentra a responsabilidade pelas atividades comerciais de produtos das marcas Mercedes-Benz, Fuso, Freightliner, Thomas Built Buses, Western Star e Detroit Diesel em 43 países da região, com exceção do Brasil e da Argentina, que já possuem operações próprias de seus negócios; e do México, que integra outra divisão com os Estados Unidos.

FONTE: Mercedes-Benz 

Em crise Itapemirim se desfaz de linhas e vende 40% dos ônibus

Autor: Patrik Camporez | pmacao@redegazeta.com.br
Viação ainda opera 50 trechos, 43% da fatia de mercado em que atuava antes da venda
Na tentativa de segurar seus negócios e manter-se de pé mesmo diante de um cenário difícil para empresas de transportes de passageiros em todo o país, a Viação Itapemirim, umas das mais tradicionais empresas de transporte do Brasil, vendeu cerca de 40% de sua frota de veículos e transferiu mais da metade das linhas em operação para a também cachoeirense Viação Kaissara. A empresa foi fundada em 1953, pelo empresário Camilo Cola, em Cachoeiro de Itapemirim.
Apesar de estarem situadas na mesma cidade e dividirem, inclusive, espaços, as duas transportadoras garantem que são “empresas distintas”. No total, foram repassadas à Kaissara 68 das 118 linhas que eram operadas pela empresa.
Foto: Divulgação
Foram repassadas à Kaissara 68 das 118 linhas que eram operadas pela Itapemirim
Com a negociação, a Itapemirim permanece operando 50 trechos, o que corresponde a 43% da fatia de mercado em que atuava antes da venda. Na resolução (nº 4662) que oficializa a transferência, publicada no “Diário Oficial da União”, constam o repasse de linhas importantes, como a São Paulo (SP) - Rio de Janeiro (RJ), a Cachoeiro de Itapemirim - RJ, e a SP - Curitiba. O valor da venda não foi divulgado por nenhuma das empresas.
O diretor de Operações da Itapemirim, Marcos Poltronieri, nega que a empresa esteja em processo de falência, mas admite que o volume de passageiros caiu nos últimos anos. Segundo ele, as dez maiores empresas de ônibus do país passam por momentos difíceis. Enquanto sobem os custos com pneus, combustível, pedágio e manutenção, e se expandem as políticas de gratuidades, o valor da passagem não é reajustado na mesma velocidade, argumenta. “Ganhar dinheiro com ônibus, hoje, não é tarefa fácil. A gente trabalha muito para ter pouco resultado”, completa. 
De acordo com o Diretor de Operações da Kaissara, Fernando Santos, as linhas assumidas pela empresa começam operando com 271 ônibus. “A atual situação econômica crítica do nosso país fará e já está fazendo com que as empresas busquem soluções estratégicas para se adequarem a esse novo cenário. A Kaissara inicia suas operações fazendo seus investimentos de maneira responsável, buscando principalmente a manutenção dos seus postos de trabalho”, aponta.
Pendências
De acordo com o Sindicato dos Motoristas, Ajudantes, Cobradores e Operadores de Máquinas do Sul do Espírito Santo (Sindimotoristas), cerca de mil funcionários estão em processo de migração de uma empresa para a outra. O número foi confirmado pela Viação Kaissara. 
O Sindimotoristas reclama que ainda não foi procurado pela Itapemirim para explicar como vai ficar a situação dos motoristas. “Todos estão apreensivos. O que piora é o fato de a empresa ter várias pendências trabalhistas. A gente liga para lá, ela diz que vai pagar, mas não dá um prazo”, argumenta o presidente da instituição, Elias Brito Spoladore.
Marcos Poltronieri nega que a Viação Itapemirim tenha descumprido obrigações trabalhistas.
Minientrevista
O diretor de Operações da Kaissara falou com A GAZETA sobre o processo de compra de parte da frota e das linhas da Itapemirim.
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/arquivo
A Kaissara tem ligação com o Grupo Itapemirim?
São empresas distintas. Não ocorrerá migração, mas sim assunção da nova empresa para com todas as obrigações trabalhistas. A Kaissara ficará integralmente responsável por regular o cumprimento do contrato doravante, respondendo por todo o passado, após a aquisição de parte significativa das linhas da Viação Itapemirim. Não existirá prejuízo para qualquer trabalhador. Nosso objetivo principal é garantir a manutenção dos empregos dos nossos motoristas e demais colaboradores. 
Essas 68 linhas representam cerca de 80% da frota da Itapemirim, como estimam os sindicatos?
Não, as linhas assumidas pela Kaissara operam com 271 ônibus. Cerca de 40% da frota original da Itapemirim.
Os sindicatos alegam que não foram procurados para tratar da transferência das linhas e migração da mão de obra de uma empresa para a outra...
Por ser uma empresa de abrangência nacional, a Kaissara promoveu encontros com a Comissão de Negociação da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Transportes Terrestres (CNTTT). Nessas reuniões, foram comunicadas as mudanças e garantidos todos os direitos trabalhistas dos colaboradores. Agora, estão acontecendo reuniões com os diversos sindicatos estaduais. São mais de 40, e as reuniões estão sendo agendadas com todos. Com os sindicatos do Espírito Santo, as reuniões devem acontecer ainda nesta semana.
Fusão seria uma tentativa de salvar a viação
Uma das gigantes do transporte de passageiros no país, a Itapemirim enfrenta um cenário onde grandes empresas do setor já declaram encontrar dificuldade para manter-se intactas no mercado em tempo de crise. 
Fundada em 1953, em Cachoeiro de Itapemirim, pelo empresário Camilo Cola, a empresa começou com 16 veículos e 70 funcionários. Em 1967, entraram em operação as primeiras linhas para o Nordeste e, com o passar dos anos, novas cidades foram integradas aos itinerários. Em 2006, foi legitimada como marca de alto renome pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). 
Entre as décadas de 1970 e 1990, as atividades do Grupo Itapemirim foram diversificadas, passando a abranger os segmentos como mineração, agropecuária, restaurantes, hotéis, turismo e concessionárias de veículos.
Executivos do setor de transportes ouvidos por A GAZETA relatam que, há anos, a Itapemirim estaria passando por uma séria crise financeira, que teve início após investidas malsucedidas da empresa no ramo de aviação civil. A fusão com a Kaissara seria uma tentativa de salvar a viação. A estratégia seria utilizar uma marca diferente para tentar atrair investidores e aumentar a credibilidade no mercado, disse uma das fontes ouvidas pela reportagem.