Em novo corte, Ministérios das Cidades e dos Transportes são os mais atingidos

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

corte pac
Corredor de ônibus. Obras financiadas pelo PAC devem sofrer novos cortes. Foto Diário do Nordeste
Diante da crise econômica e política, governo federal anunciou nesta segunda-feira o contingenciamento de mais de R$ 11,2 bilhões.
ADAMO BAZANI
O governo federal publicou nesta segunda feira, 30 de novembro de 2015, o decreto que cria mais um corte adicional de gastos. Foram contingenciados R$ 11,2 bilhões , sendo que R$ 10,7 bilhões do Orçamento e R$ 500 milhões de emendas constitucionais.
Foram mantidos recursos para as despesas obrigatórias como os salários dos servidores e o Programa Bolsa Família.
O novo corte foi necessário porque o Congresso ainda não votou a proposta de orçamento, comprometendo assim a posição do Governo Federal diante das explicações que devem ser dadas sobre o dinheiro público ao TCU – Tribunal de Contas da União, que analisa as “pedaladas fiscais”.
Os trabalhos no Congresso foram abalados após a prisão por suspeitas de corrupção e tentativa de atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato do senador Delcídio do Amaral, líder do PT no Senado.
Somando os valores deste novo decreto, o total de recursos que foram cortados por causa da crise econômica e política chega a R$ 89,6 bilhões de reais.
Como ocorreu das outras vezes, o Ministério das Cidades é o mais afetado. Responsável por financiar obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, o que inclui construção de corredores de ônibus e obras de Metrô, o Ministério das Cidades teve um corte extra de R$ 1,6 bilhão nesta segunda-feira.
O Ministério dos Transportes, que engloba obras em estradas, portos e aeroportos, perde R$ 1,4 bilhão.
Apesar desses cortes, governo ainda opera no vermelho. Para alcançar o superávit primário, seriam necessários R$ 55,3 bilhões em cortes até outubro. Mas as contas governo apresentam um déficit de R$ 33 bilhões, o maior da história do país.
Para cumprir a meta de R$ 55,3 bilhões, deveria haver entre novembro e dezembro, superávit de R$ 88,3 bilhões, valor considerado impossível até mesmo pelo Governo Federal.
O Ministério do Planejamento enviou ao Congresso uma nova proposta de alteração de meta que prevê um déficit agora de R$ 51,8 bilhões. No entanto, se forem consideradas as pedaladas fiscais, que foram as transferências de recursos dos bancos públicos para a União, através do atraso de pagamento para estas instituições financeiras públicas, e também os problemas em relação ao leilão das hidrelétricas, o rombo nas contas públicas pode chegar a R$ 119,9 bilhões.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes.

Plano de mobilidade da Grande Florianópolis contempla BRT como principal solução

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

grande florianopolis
Gráfico de estudo mostra retorno financeiro e sócio-econômico na comparação entre modais para a realidade da Grande Florianópolis.
Devem ser investidos R$ 3 bilhões, metade deste valor para corredores de ônibus de alta capacidade
ADAMO BAZANI
Uma rede de BRT – Bus Rapid Transit, corredores de ônibus mais modernos e com maiores velocidade e capacidade, será o principal plano de ação para melhorar os deslocamentos em Florianópolis e os outros 12 municípios que foram a região metropolitana.
Nesta sexta-feira, 27 de novembro de 2015, o governo de Santa Catarina apresentou o PLAMUS – Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis.
Os estudos, que tiveram duração de dois anos,  foram financiados pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
O relatório final do estudo, ao qual o Blog Ponto de Ônibus teve acesso na íntegra, revela que 48% dos deslocamentos na Grande Florianópolis são feitos por transporte motorizado individual.
A Grande Florianópolis reúne 890 mil habitantes em 13 cidades: Águas Mornas, Angelina, Anitápolis, Antônio Carlos, Biguaçu, Governador Celso Ramos, Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, São José, São Pedro de Alcântara , Rancho Queimado.
O estudo projeta ações para a mobilidade até 2040. Os investimentos até 2020 devem ser de R$ 3 bilhões, sendo que metade deste valor será para a implantação dos corredores.  A Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana –Suderf  informou que até 2018 parte do sistema BRT já deve estar em funcionamento.
De acordo com o governo do estado, os estudos apontaram que um sistema de BRT terá capacidade para ajudar a reverter o quadro e atrair para o transporte público parte das pessoas que integram este número de 48% dos deslocamentos diários em meios motorizados individuais.
Num dos trechos do estudo (a íntegra está no link no final da matéria), os técnicos dizem que também consideraram a possibilidade de integrar corredores de ônibus ao VLT – Veículo Leve sobre Trilhos e monotrilhos (trens que circulam em elevados), mas que o custo destes modais seria muito alto diante da realidade da região, apresentando retorno sócio-econômico negativo:
“Algumas alternativas de tecnologias de transporte foram avaliadas para este sistema: BRT2 , BRT + VLT3 e BRT + Monotrilho. Os resultados das análises do PLAMUS indicaram que para o caso específico da Grande Florianópolis, dadas as suas características e prioridades estabelecidas, o sistema BRT se apresentou como a solução que maximiza o resultado socioeconômico e atende melhor à combinação dos critérios utilizados para julgamento (…)
Desta forma, para atender as demandas atuais e futuras (densidade ocupacional, perfil e número de viagens, etc.), foi proposto um sistema troncal integrado de média capacidade nos principais eixos metropolitanos da Grande Florianópolis. As tecnologias de média capacidade consideradas como alternativas de investimento para esse sistema foram o BRT (Bus Rapid Transit), o VLT (veículo leve sobre trilhos) e o Monotrilho. A grande vantagem dos sistemas de BRT é seu custo e rapidez de implantação, muito inferior à dos sistemas sobre trilhos. Sua grande desvantagem competitiva é o fato de ocupar espaço no sistema viário, considerado privilégio de uso dos automóveis. Além disso, BRT é uma nomenclatura generalizada para diferentes sistemas de ônibus operando em faixa segregada, e seu custo está muito relacionado com o espaço disponível, necessidade de desapropriação e a característica e capacidade do sistema proposto. O transporte por VLT inclui diferentes sistemas ferroviários urbanos, entre os quais figura o bonde moderno (tram), e sistemas de trens em nível ou elevados (light rail). Os sistemas VLT oferecem elevado conforto aos passageiros e usualmente apresentam vida útil bastante elevada. Em contrapartida, exigem investimentos significativos que variam dependendo do sistema, da infraestrutura necessária e de necessidade de desapropriação. O Monotrilho consiste em um veículo elétrico que roda sobre pneus em vigas elevadas, apresentando como vantagem a criação de um novo espaço para circulação. Entretanto, costumam representar problemas em sua inserção na paisagem, pois implicam a implantação de infraestrutura aérea e consequentemente impactam visualmente a cidade. Essas três alternativas foram comparadas segundo os critérios apresentados com a finalidade de escolher a que mais se adequa à região. Um dos principais componentes para essa análise é o retorno socioeconômico que a alternativa oferece, calculado a partir dos benefícios e investimentos que a mesma gera em comparação ao Cenário Base. Existem ainda outros benefícios indiretos que não são capturados pelo modelo, como o ganho potencial do desenvolvimento de novas indústrias, associado à escolha de um determinado sistema de transporte de massa em detrimento de outro, já que as análises não comparam, por exemplo, os benefícios econômicos para a região de uma eventual implantação de uma indústria de vagões versus uma nova fábrica de ônibus. Em nossa visão, existe uma grande incerteza com relação à materialização destes eventuais benefícios e, considerando-se os volumes e dimensionamento do sistema para a Grande Florianópolis, uma elevada dependência de externalidades para viabilizar tais benefícios adicionais. 42 Nas avaliações realizadas, o BRT apresentou o melhor resultado de VPL socioeconômico, de R$ 415 milhões, ou seja, considerados os benefícios, custos e investimentos, o cenário gera um retorno positivo para a sociedade mensurado em R$ 415 milhões. O VPL socioeconômico no caso do VLT é de R$ 672 milhões negativos, enquanto o Monotrilho apresenta resultado negativo de R$ 1.322 milhões”
O estudo demonstrou também a necessidade de ampliar a malha cicloviária, hoje de 70 quilômetros, concentrada atualmente na Ilha de Santa Catarina, mais especificamente na região que abrange o Centro e a Bacia do Itacorubi.
ACOMPANHE O PLANO DE MOBILIDADE:

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Marcopolo conquista prêmio de melhor fabricante de carrocerias de ônibus do Brasil

A Marcopolo conquistou o Prêmio AutoData 2015 na categoria  Encarroçador de Ônibus. Entre as ações que levaram à conquista estão os investimentos realizados nas operações brasileiras para modernização e ampliação de capacidade e o lançamento de novos produtos para os segmentos de transporte urbano e rodoviário de passageiros.
A Marcopolo possui um contínuo processo de desenvolvimento de novos produtos e anualmente lança, em média, 12 novas configurações de ônibus para atender as demandas do mercado brasileiro e internacional. Neste ano, apresentou o novo rodoviário Paradiso 1350, que complementa a Geração 7; o intermunicipal Ideale, e os urbanos Torino Express (articulado), Torino Low Entry (piso baixo) e Torino Motor Traseiro.
“A conquista deste prêmio é resultado das ações da Marcopolo no fortalecimento de suas operações no Brasil e no exterior, para estar cada vez mais próxima dos clientes e parceiros, e também manter sempre motivados e satisfeitos todos os seus colaboradores, responsáveis pelo padrão de qualidade e imagem superior dos nossos ônibus”, destacou Paulo Corso, diretor de operações comerciais e marketing.
Promovido pela AutoData Editora, o prêmio é um reconhecimento às empresas, produtos e profissionais do setor que mais se destacaram ao longo do ano na busca de objetivos determinados, inovações, tecnologia e produtividade. Concorreram ao prêmio cases, divididos em 21 categorias.

FONTE: Marcopolo 

Atendimentos para gratuidades em transportes interestaduais aumentam 15%

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

onibus
Ônibus rodoviário. Atendimentos do passe livre crescem com mais viagens gratuitas.
De acordo com o governo federal crescimento da procura pelo programa Passe Livre se deu pela possibilidade da emissão de benefício para acompanhantes
ADAMO BAZANI
Mais pessoas têm viajado gratuitamente no Brasil pelas linhas interestaduais, por meio do Programa Passe Livre.
De acordo com o balanço do Ministério dos Transportes, o número de atendimentos do programa Passe Livre aumentou em 15% neste ano.
O cálculo leva em conta que de janeiro a outubro do ano passado, o programa analisou 85.914 processos.  No mesmo período deste ano, 98.877 processos foram analisados.
O programa Passe Livre, do governo federal permite viagens de graça entre os estados para pessoas com deficiência e que possuem renda de até um salário-mínimo por mês, no transporte rodoviário, ferroviário e aquaviário.
Uma das novidades é a extensão da gratuidade para acompanhantes de beneficiários. Neste caso, o Passe Livre atingiu uma marca de 12 mil solicitações em 2015, o que corresponde a quase 10% de todos os processos analisados neste ano.
O acompanhante também deve ter baixa renda mensal para ter acesso ao Passe Livre.
Por causa da alta procura, o governo federal diz que ampliou a estrutura da central de atendimento do Ministério dos Transportes.
Por dia, são realizados na sede do programa cerca de 550 atendimentos, dos quais 90% são solicitações de todo Brasil por meio dos Correios e as demais recebidas pessoalmente.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes.

Auto Viação Palmares assume linhas 839 e 849

Hoje a empresa Auto Viação Palmares entrou na operação das linhas 839 (Campo Grande - Santa Cruz) e 849 (Campo Grande - Base Aérea) em operação conjunta com a Expresso Pégaso.

Compra de ônibus DD pela Expresso Nordeste é destacada pela Marcopolo

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

expresso nordeste
Ônibus de dois andares da Expresso Nordeste oferecem duas categorias de serviço. Foto: Gelson Mello da Costa
São oito unidades para linhas no Sul e Sudeste do País e para serviço até o Paraguai
ADAMO BAZANI
A encarroçadora de ônibus Marcopolo destacou em comunicado emitido nesta segunda-feira, 23 de novembro de 2015, a venda de oito unidades do ônibus rodoviário de dois andares Paradiso 1800 DD –  Double Decker – para a empresa Expresso Nordeste, de Campo Mourão, no Paraná, que completou 52 anos de atividade.
Os veículos são para linhas rodoviárias entre cidades como Foz do Iguaçu, Cascavel, Toledo, Guaíra, Maringá, Londrina, Guarapuava, Ponta Grossa, Curitiba, São Paulo, Sorocaba, São José dos Campos, Americana, Campinas, Ribeirão Preto, Franca, Aparecida, Resende, Rio de Janeiro, Joinville, Balneário Camboriú e Florianópolis. Os ônibus também vão operar em linhas para Assunção, no Paraguai.
No comunicado, a Marcopolo informa que os ônibus oferecem duas categorias: leito no primeiro pavimento e semi-leito no segundo andar.
“Os veículos têm capacidade para transportar 44 passageiros no piso superior, com poltronas semileito super soft, e nove no piso inferior, com poltronas leito hiper soft, além de sistema completo de som e imagem. As poltronas utilizam material viscoelástico na região da cabeça e do pescoço, além de descansa-braços mais largos e macios.”
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

No Rio, Governo e prefeitura tentam fechar acordo para tarifa única em ônibus e metrô


Carlos Roberto Osorio, secretário estadual de Transportes, diz que os governos buscam uma passagem que tenha valor inferior à soma das tarifas do metrô (R$ 3,70) e do Bilhete Único Carioca (R$ 3,40). O problema é que os empresários querem receber o valor cheio das passagens, e a prefeitura não aceita subsidiar o sistema.

Subsídio

O modelo seria parecido com o da integração entre ônibus intermunicipais e trens: o passageiro paga R$ 5,90 para usar os dois modais. Mas este sistema é subsidiado pelo governo estadual que, por ano, destina R$ 600 milhões para as concessionárias.

Informações: O Dia 

Desembolsos do BNDES para ônibus e caminhões novos e transportes urbanos caem, mas economia verde recebe mais recursos

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

híbrido
Ônibus elétrico-híbrido. Economia verde, que inclui veículos de transporte coletivo menos poluentes, contou com maiores desembolsos do BNDES, mas recursos e procura são considerados insuficientes.
Setor de infraestrutura que inclui obras de transportes como metrô e corredores de ônibus mesmo assim recebeu a maior parte dos financiamentos.
ADAMO BAZANI
Diante da crise econômica, o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social realizou menos desembolsos entre janeiro e outubro de 2015 em comparação com semelhante período do ano passado.
De acordo com balanço divulgado pelo banco nesta quinta feira dia 19 de novembro de 2015, foram liberados nestes dez meses R$ 105 bilhões e 500 milhões, o que representa queda de  28%.
As aprovações de liberação de recursos caíram 46% entre janeiro e outubro deste ano, somando R$ 81 bilhões de reais.
Nos primeiros dez meses deste ano, a maior parte dos desembolsos foi para o setor de infraestrutura, que representou R$ 40,8 bilhões. Neste segmento, os destaques foram para energia elétrica com R$ 14,6 milhões reais e transportes com R$ 6,2 bilhões, incluindo operações de financiamento para transportes por um ônibus urbano, metroviário, aéreo aquaviário e dutoviário.
No entanto, comparando os acumulados de últimos doze meses, entre outubro do ano passado e outubro deste, a queda de desembolsos para infraestrutura é de 15%. Neste período, foram liberados R$ 57,1 bilhões.
O PSI – Programa de Sustentação do Investimento, principal linha de financiamento para ônibus e caminhões novos, liberou entre outubro de 2014 e outubro de 2015, 43% menos recursos em comparação aos 12 meses anteriores, com um total de R$ 42,4 bilhões, segundo balanço do BNDES. As dificuldades encontradas por empresas frotistas por causa da crise e a linha que, apesar ser ainda vantajosa, está mais cara podem ajudar a explicar o fato.
OUTROS SETORES:
Para o setor da indústria, os desembolsos dos dez meses de 2015 atingiram R$ 30 bilhões – participação de 28%, seguido por comércio e serviços, com R$ 23,3 bilhões, e agropecuária, que recebeu R$ 11,5 bilhões.
Segundo o BNDES entre o total de desembolsos, 30% tiveram como destino micro, pequenas e médias empresas, totalizando R$ 31,4 bilhões de reais em aproximadamente 780 mil operações de financiamento.
ECONOMIA VERDE:
O BNDES destaca o crescimento das liberações dos segmentos que formam a chamada “economia verde”, que e tiveram alta, entre janeiro e outubro deste ano, de 10,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando R$ 23 bilhões de reais. Neste tipo de segmento, com base classificação internacional, estão projetos relacionados a fontes de energias renováveis, a eficiência energética, produção florestal, modais de transportes híbridos e elétricos, como ônibus à bateria, saneamento e melhorias agrícolas.
No entanto, especificamente sobre os ônibus menos poluentes, os financiamentos ainda contam com um total de desembolso ainda não significativo. Um dos motivos é a falta de estímulos e até exigências dos poderes locais para uma mobilidade mais limpa, refletindo uma procura ainda pequena por esta frota.
Veja nesse link o relatório do BNDES da evolução dos desembolsos:
 Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes.

Manaus apresenta Plano de Mobilidade com BRT

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

ônibus manaus
Ônibus em Manaus. Estudo que deu bases para a elaboração do Plano de Mobilidade mostra alto custo para uma cidade por causa do privilégio ao transporte individual.
Cidades com mais de 20 mil habitantes deveriam ter concluído planos em abril
ADAMO BAZANI
A prefeitura de Manaus apresentou nesta quarta-feira, 18 de novembro de 2014, o Plano de Mobilidade para a cidade.
Uma das intervenções com maior destaque no plano da capital do Amazonas é a implantação de um sistema de BRT – Bus Rapid Transit – corredores mais modernos de ônibus que possibilitam tráfego mais rápido.
Os detalhes de como será o BRT devem ser apresentados até o final do ano ao Governo Federal para a cidade conseguir recursos.
O prefeito Artur Virgílio Neto explicou em entrevista coletiva, disponibilizada para outros estados pelo setor de comunicação, que havia dúvidas sobre o principal modal de transportes coletivos. Uma das opções seria o monotrilho, mas de acordo com o prefeito, estudos mostraram que o sistema seria caro para uma demanda semelhante à atendida pelo BRT.  A antiga administração municipal, segundo ele, apresentou uma proposta de BRT, mas com falhas.
“Hoje, o governador José Melo e eu, temos uma consonância pelo BRT e, até o final do ano, vamos apresentar um projeto junto ao governo federal e buscar investimentos para sua correta implementação. Um dos nossos desafios era apresentar o Plano de Mobilidade, com nossas diretrizes, consolidando o BRT. Agora, vamos trabalhar para acabar com aquela história que tem dinheiro disponível, mas não tem projeto. O que houve foi uma promessa e que queremos é torná-la realizável” . .. A minha dúvida é se o governo entrega de verdade o dinheiro para fazer o BRT que é o mais barato dos modernos e contemporâneos meios de transporte. Não estou pedindo muito. O governador Melo está pensando a mesmo coisa. Ninguém está pensando mais naquela coisa tola e mal-intensionada que era o  monotrilho, projeto ruim que não resolve nada e só oneraria o bolso dos passageiros. É coisa para a Disneylândia”, – disse na coletiva.
No entanto, o superintendente municipal de Transportes Urbanos, Pedro Carvalho, disse que até 2035, Manaus deve ter uma rede de metrô leve para atender mais adequadamente a demanda.
“Mesmo com o BRT funcionando integradamente com o sistema convencional, o estudo já mostra a necessidade da implantação de um sistema de trilho dentro de um prazo de 10 anos. . Os prognósticos mostram que o BRT deverá servir bem a população até 2025 e o metro leve, modal por trilhos, até 2035” – segundo material divulgado pela prefeitura.
O Plan-Mob Manaus, segundo a administração municipal, tem o objetivo de reduzir em 15% os custos estimados em deslocamentos, hoje maiores por causa do aumento do uso do transporte individual. Entre investimentos e benefícios sociais com as obras, o plano estima uma cifra de R$ 9 bilhões, sendo R$ 2,5 bilhões em investimentos diretos por 25 anos. Somente o BRT, deve custar cerca de R$ 400 milhões, para 20 quilômetros.
Segundo o estudo para elaborar o plano, o custo com o transporte individual é alto, prejudicando a cidade como um todo.
“Para a elaboração do PlanMob-Manaus foram realizados estudos que apontam para o crescimento no índice de motorização da cidade e a perda gradativa da participação do modo coletivo nesse percentual. Conforme esses estudos, a cidade passou de 95 automóveis por mil habitantes, em 2005, para 161, em 2015. Enquanto isso, a participação do modo coletivo de motorização caiu de 53% para 39,5% em igual período, enquanto a motorização individual cresceu 14%, subindo de 15,5% para 30,5%. Outro dado apontado no levantamento mostra que Manaus interrompeu, no passado, a constituição de um sistema integrado e de racionalização da rede de serviços de transporte coletivo, bem como interrompeu a expansão dos corredores exclusivos, mantendo os terminais já construídos em estado bastante insatisfatório, com consequências na imagem, na funcionalidade e na lógica do transporte coletivo. Por outro lado, a mobilidade motorizada em Manaus gera um custo estimado de R$ 4,9 bilhões, sendo R$ 3,2 bilhões associados à mobilidade motorizada individual e R$ 1,7 bilhão para mobilidade por meios coletivos. Os custos sociais são medidos no tempo das pessoas, emissão de gases nocivos à saúde e de efeito estufa, nos acidentes e nos custos operacionais para dispor, manter e circular com automóveis e ônibus. Se nada for feito, os prognósticos apontam para um custo superior a R$ 7,6 bilhões (25%) até 2035. – explica a prefeitura em nota, que ainda diz que estão previstas construções de vias ligando os bairros para diminuir o fluxo na região central e uma rede de ciclovias, além de aperfeiçoamentos da infraestrutura para deslocamentos a pé.
O plano foi desenvolvido pela empresa terceirizada Oficina Engenheiros Consultores Associados Ltda., com supervisão do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) e Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb).
De acordo com a lei 12.587/12, até abril deste ano, todas as cidades do País com 20 mil habitantes ou mais deveriam ter elaborado seus planos, mas o Ministério das Cidades, que acompanha o cumprimento da lei e libera a maior parte das verbas do PAC Mobilidade Urbana para as obras, até abril de 2015, somente 30% dos municípios acima de 500 mil habitantes estavam com o plano concluído ou em fase de elaboração. No caso das cidades entre 250 mil e 500 mil habitantes, 80% delas não têm plano de mobilidade. A realidade das cidades entre 50 mil e 250 mil habitantes é mais frustrante ainda: 95% não concluíram o plano.
O Projeto de Lei 7898/14, do deputado Carlos Bezerra, quer prorrogar este prazo para abril de 2018.
O plano  de Manaus pode ser consultado neste link:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

MAN vai aderir ao PPE por causa da queda de vendas de ônibus e caminhões

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

man
Ônibus Volkswagen/MAN. Montadora anuncia acordo para PPE
Redução de jornada não vai influenciar em salários, promete montadora
ADAMO BAZANI
A fabricante de ônibus e caminhões MAN, dona da marca Volkswagen de veículos pesados, anunciou que fez um acordo com os trabalhadores da planta de Resende, no Rio de Janeiro, para aderir ao PPE – Programa de Proteção ao Emprego.
O motivo é a queda nas vendas de chassis de ônibus e de caminhões por causa da crise econômica.
A redução da jornada de trabalho será de 20% a partir do ano que vem, mas na prática, a fabricante garante que não haverá redução nos salários porque a empresa vai arcar com 10% do desconto salarial e o governo federal, pelo FAT – Fundo de Apoio ao Trabalhador, vai complementar os outros 10%, como determinam as regras do PPE.
Enquanto o Programa estiver em vigor, não haverá demissões. Os salários só devem ser reajustados em janeiro de 2017. A jornada de trabalho será de quatro dias por semana, o que representa a redução de 20%.
A PRL – Participação nos Lucros e Resultados será de 1,2 salário, não podendo ser menor que R$ 6 mil para cada funcionário.
Outra montadora de ônibus e caminhões, a Mercedes-Benz, de São Bernardo do Campo, já tinha anunciado adesão ao PPE.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Dono da Suzantur está à frente da Expresso Guarará, mas compra é negada por enquanto

Fonte; Blog Ponto de Ônibus

guarará
Ônibus da Expresso Guarará, que conta com “assessoria” da Suzantur.
Uma das maiores empresas de Santo André passa por dificuldades financeiras desde a morte do fundador, Sebastião Passarelli
ADAMO BAZANI
A prefeitura de Santo André informou que um dos donos da Suzantur, Claudinei Brogliato, que opera com exclusividade todo o transporte municipal em Mauá devido à intervenção do prefeito mauaense Donisete Braga, agora está à frente da Expresso Guarará.
A Expresso Guarará é uma das maiores empresas de Santo André e opera o sistema de Vila Luzita, com linhas troncais do terminal deste bairro até o centro da cidade e linhas alimentadoras de bairros vizinhos até o terminal de Vila Luzita.
Também está envolvida a Viação São José de Transportes, que opera linhas intermunicipais entre Santo André e São Caetano do Sul.
No entanto, não se trata de uma compra, pelo menos até o momento, de acordo com informações oficiais.
O dono da Suzantur estaria fazendo uma espécie de consultoria para determinar os rumos das empresas Guarará e São José que passam por dificuldades financeiras desde a morte do fundador no ano passado, Sebastião Passarelli.
Na semana passada, houve a apreensão de ao menos 10 ônibus, que já foram liberados.
Claudinei Brigliato, da Suzantur, teve como sócio o empresário Ângelo Roque Garcia, irmão de José Garcia Netto, dono do Caruana Financeira, que esteve envolvido na polêmica mudança dos transportes em Mauá que voltaram ao monopólio depois de operar com grupos diferentes entre 2010 e 2013, quando Viação Cidade de Mauá, de Baltazar José de Sousa, e Leblon, de Haroldo Isaak, prestavam serviços em dois lotes.
A instituição Caruana financia ônibus para empresas de todo do País, incluindo algumas no ABC. A Suzantur ocupa em Mauá uma garagem de propriedade de Baltazar.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

OMS cita Curitiba e Porto Alegre como exemplos brasileiros de combate à poluição

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

BRT BUS
Ônibus em Curitiba. Sistema de transportes públicos em corredores de ônibus são apontados pela OMS como uma das soluções de resultados rápidos para a melhoria da qualidade de vida nas cidades.
Esforços para melhorar a eficiência dos transportes públicos sobre pneus receberam o reconhecimento do organismo internacional e deveriam ser usados como exemplos em outras cidades
ADAMO BAZANI
É consenso que o transporte ferroviário é fundamental para a melhoria na mobilidade urbana e para a redução dos níveis de poluição das cidades. Mas é certo também que diante da realidade brasileira, cujos transportes sobre pneus são predominantes, em vez de ficar rivalizando modais e respeitando as limitações financeiras de cada cidade ou estado, investir na eficiência dos ônibus é tido como uma das ações mais coerentes e de resultados rápidos para a melhoria da qualidade de vida nas áreas urbanas.
A OMS – Organização Mundial da Saúde reconhece a importância dos investimentos em transportes coletivos e, em documento oficial divulgado no último dia 22 de outubro de 2015, no qual relaciona ações para a redução das emissões de poluentes como o carbono negro, o ozônio, o metano e o dióxido de carbono, cita dois exemplos brasileiros de reorganização urbana que deveriam, segundo o órgão internacional, ser seguidos por outras cidades: Curitiba e Porto Alegre.
Em relação a Curitiba, o transporte coletivo por ônibus é destaque. Segundo o estudo de caso dos técnicos da ONU sobre o exemplo paranaense, a rede de transportes é usada por 72% da população. Nos últimos 50 anos, o número de habitantes foi elevado em cinco vezes. A malha de corredores de ônibus BRT, criada em 1974 pelo arquiteto e urbanista Jaime Lerner, acompanhou o crescimento da população até os anos de 1990. Agora, há necessidade de maior oferta de transportes e questões políticas entre o governo do estado e a prefeitura de Curitiba afetou as integrações entre os ônibus municipais da capital e os metropolitanos de 13 cidades ao entorno. Mesmo assim, a OMS cita o exemplo de transporte de Curitiba como um dos mais viáveis para a retomada o crescimento da infraestrutura. O plantio de 1,5 milhão de árvores e a reciclagem de 50% de vidro, papel e plásticos que são descartados também foram destacados pelo órgão internacional.
Já Porto Alegre tem indicadores ambientais, segundo a OMS, acima da média das cidades brasileiras e próximos dos números obtidos por áreas urbanas de países desenvolvidos.
O resultado se dá pelos investimentos em reciclagem de lixo e em expansão de áreas verdes.
A Trensurb, que é a companhia metroferroviária de Porto Alegre, foi uma das empresas a receber o Prêmio de Qualidade da ANTP – Associação Nacional dos Transportes Públicos. Já a Leblon, empresa de ônibus que opera na região metropolitana de Curitiba, também foi premiada.
Para a OMS, as cidades devem adotar quatro ações básicas:
– Políticas de deslocamentos rápidos com investimentos em transporte público e redes de ciclovias.
– Reduzir as emissões de poluentes por combustíveis fósseis, que inclui investimentos em metrô, trem, trólebus, ônibus elétricos híbridos e ônibus elétricos a bateria.
– Consumo de alimentos plantados pela população local, inclusive por camadas de renda mais alta, para redução de consumo de comida de origem animal.
– Geração de energia por fontes mais limpas para aquecimento e preparação de alimentos.
O relatório da ONU está em inglês, mas pode ser conferido em:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes