Comil encerra produção em Lorena por tempo indeterminado














Confira abaixo a nota da Comil

“A Comil anunciou hoje a paralisação das atividades de fabricação da sua Planta Industrial de Lorena, necessária devido à crise sem precedentes do mercado do ônibus no país que, associados a outros fatores políticos, sociais e econômicos, reduziram o mercado interno de ônibus em 16% em 2014 e 45% em 2015, somando mais de 50% nos últimos dois anos, agravado por forte redução nos preços praticados no mercado de carrocerias e sem perspectivas de retomada do mercado a médio prazo.

Ao longo dos últimos meses a Companhia, Funcionários e Entidade Sindical adotaram diversas ações na tentativa de superar ou minimizar o forte impacto da instabilidade econômica objetivando manter a atividade industrial. Infelizmente, estas ações, associadas aquelas adotadas na unidade matriz, não foram suficientes para compensar a brutal queda no mercado de ônibus e a consequente redução no volume de produção, tornando insustentável a continuidade das atividades industriais da planta de Lorena.

Ao longo de 2015, a Prefeitura envidou esforços para auxiliar a Comil a buscar soluções para reduzir o impacto desta forte crise que estamos enfrentando. Porém, em virtude de todo o contexto não há mais que possamos fazer e nem o poder público de Lorena.

A Companhia lamenta se somar a outras empresas que, diante deste cenário, também encerraram atividades e fecharam estabelecimentos, especialmente considerando o elevado investimento feito na região.

Embora todas as dificuldades decorrentes, a Companhia está envidando todos os esforços para minimizar os impactos decorrentes da decisão ora comunicada e garantir o cumprimento de todos os deveres trabalhistas e sociais, como sempre o fez. Será mantido alguns funcionários para realizar as atividades de transição e conservação do patrimônio.

A Comil reafirma o seu compromisso com o mercado nestes mais de 30 anos de atividade e reforça que a Planta de Erechim, que conta com capacidade de produção de 4.000 ônibus/ano, segue operando, produzindo todos os modelos de carrocerias e atendendo todas as demandas do mercado interno e externo.

A Companhia desde já expressa o infinito agradecimento pela dedicação de seus funcionários, e apoio da comunidade e administração pública local.”

Fonte: Mix Vale

Sistema híbrido de Fórmula 1 já é utilizado em mais de 500 ônibus na Inglaterra

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

onibus
Na Europa, a iniciativa privada ganha estímulos dos governos para adaptarem soluções da Fórmula 1 para o transporte público. Divulgação
Vantagem de projeto desenvolvido pela Williams é que pode ser implantado em ônibus mais antigos
ADAMO BAZANI
Das bancadas de estudos da Fórmula 1 para o transporte coletivo. Assim foi o caminho de um sistema que aproveita a energia gerada nas frenagens de um veículo, economizando combustível, e que está presente já em 500 ônibus na Inglaterra, inclusive nos modelos tradicionais de dois andares.
A repórter Julianne Cerasoli, do UOL de São Paulo, entrevistou responsáveis pelo projeto, que começou com a Williams em 2008. Com o sistema, tem sido possível economizar até 30% de combustível, com a vantagem de ser implantado em ônibus antigos. Sistemas semelhantes de reaproveitamento de energia só saíam de fábrica em ônibus zero quilômetro.
No ano de 2008, a Fórmula 1 começou a desenvolver formas de usar energias híbridas nos motores para seguir as tendências da indústria automotiva. Neste momento surgiram os primeiros KERS que recuperam a energia cinética gerada pelos freios para aproveitar na tração dos veículos.
Nesta ocasião, foram apresentados dois sistemas: um aproveita a energia cinética transformando-a em energia elétrica. Foi o precursor do ERS-K e é o mais usado hoje.
Já a Willians desenvolveu naquela época um sistema de energia mecânica aproveitando a força gerada na frenagem por meio de uma turbina. No entanto, este sistema nunca foi utilizado na Fórmula 1.
O motivo é que era muito pesado e praticamente, com sua presença no veículo, anulava a potência extra gerada pela própria turbina. Afinal era necessária mais força para este peso a mais.
O aparente fracasso deste projeto da Willians para a Fórmula 1 foi muito bem recebido pelos serviços de transportes de passageiros. Em 2012, a Willians conseguiu reduzir o peso deste sistema para 50 quilos, tornando-o mais atraente em relação à redução de consumo de combustível. O modelo anterior já conseguiria uma economia entre 10 %e 15%. Com as adaptações, este ganho subiu para 30%. Outro problema da primeira versão do modelo era o barulho produzido pela turbina, que também foi resolvido.
A energia gerada pela frenagem é aproveitada para alimentar a turbina do sistema que gira até 40 rpm impulsionando motor.
“As forças exercidas por um ônibus de 15 toneladas constantemente parando para pegar passageiros são, na verdade, bem similares às de um carro de F-1 “, explicou na reportagem Ian Foley, diretor administrativo da Williams Hybrid Power. “Desde o início, identificamos o mercado de ônibus como o ideal para nossa tecnologia, pois ela não faz sentido para carros de rua normais.”
No ano de 2014, esta divisão de energia híbrida da Williams foi vendida para GKN Land Systems, uma empresa especializada em energias renováveis.
A preocupação do poder público na Europa em relação à redução de consumo de combustível e, consequentemente das emissões de poluentes, parece ser bem maior que em países como o Brasil.
Para se ter uma ideia, a GKN recebeu incentivos do governo do Reino Unido por meio de um projeto público que estimula a adaptação para o transporte público de tecnologias antes criadas para Fórmula 1.
Nos últimos anos, diz a reportagem, este projeto possibilitou a liberação de quase R$ 90 milhões, em conversão da moeda, para as empresas que estudam geração de energia híbrida, especialmente para ônibus. O intuito é economizar ao menos 25% do combustível usado pela frota urbana e metropolitana na Inglaterra.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Marcopolo exporta 64 ônibus para a Costa Rica

A Marcopolo acaba de fechar um novo contrato para a exportação de ônibus para algumas das principais operadoras de transporte da Costa Rica. Os veículos, com diferentes configurações, serão utilizados em deslocamentos nas cidades, em viagens de turismo e rotas interestaduais daquele país.
“Há muito tempo temos nos dedicado a ampliar as vendas de ônibus, principalmente para outros países da América Latina. O resultado não é imediato, mas já estamos colhendo bons frutos com a concretização de vários negócios”, destaca Ricardo Portolan, gerente de exportação da Marcopolo.
Os novos ônibus fazem parte de um contínuo programa de renovação das empresas costarriquenhas. Os veículos serão fornecidos para Auto Transportes Caribeños S.A., COMTRASULI (Compañia de Transportes del Suroeste), Empresa Guadalupe, Eurobus, Ferjovi, Gemon de Cartago, Mepe, Musoc Ltda., Rovicsa, Skyline, Transaro de Turrialba, Transcesa, Transportes Mepe, Transmonteverde, Transnica, Transportes del Tortuguero Exoticos e Transportes Unidos San Antonio.
A Marcopolo entregará 38 unidades de veículos rodoviários sendo 12 Paradiso 1800 Double Decker (dois pisos); 11 Paradiso 1050; quatro Paradiso 1200; dois Senior e nove Viaggio 1050. Para o segmento urbano serão 26 ônibus do modelo Torino.

FONTE: Marcopolo 

Polícia e Ministério Público fazem operação contra suposta fraude na licitação de ônibus do Distrito Federal

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

onibus
Ônibus no Distrito Federal. MPDFT acredita que licitação foi fraudada
Investigadores cumpriram mandados de busca e apreensão em garagem de ônibus, na casa e no escritório do advogado Sacha Reck e na residência do secretário de transporte na época da licitação
ADAMO BAZANI
Dois dias depois de o juiz Lizandro Gomes Filho, da 1ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, ter anulado a licitação do transporte público da região, a Polícia Civil, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco, do Ministério Público, realizou nesta quarta-feira, 27 de janeiro de 2016, uma operação no Distrito Federal, Paraná e Goiás para apurar as supostas fraudes no processo de concorrência iniciado em 2011 que teve como vencedoras as empresas Expresso São José, Marechal, HP-Ita Transportes (Urbi), Pioneira e Piracicabana.
Para o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, as investigações apontam que a licitação foi direcionada para beneficiar empresas da família de Constantino de Oliveira, fundador da Gol Linhas Aéreas, e da família Gulin, que atua no Paraná. No Distrito Federal, as companhias de ônibus ligadas a Constantino são a Viação Piracicabana e a Viação Pioneira, e a Viação Marechal, pertence aos Gulin.
Ainda de acordo com as apurações do Ministério Público, da Polícia Civil e também da CPI dos Transportes, a suposta fraude, que beneficiou estes empresários, foi viabilizada pela contratação do advogado Sacha Reck, especializado na área de transportes, que tem escritório em Curitiba, no Paraná. Sacha fez a consultoria para o Governo do Distrito Federal, com base na qual foi formulado o modelo de edital.  As famílias de Constantino Oliveira e Gulin são clientes de Sacha e de seus familiares em outros serviços advocatícios e de consultoria em praticamente todo o país, dizem os promotores.
Os policiais cumpriram mandados judiciais de busca e apreensão no escritório e na casa de Sacha Reck, em Curitiba, na garagem da Auto Viação Marechal, também em Curitiba, na casa do ex-secretário de Transportes, na época da licitação, José Walter Vazquez e também na Câmara Legislativa onde trabalha agora a ex-assessora de imprensa de Vazquez, Maria Viegas, entre outros endereços. Maria hoje atua com o deputado distrital Ricardo Vale (PT), que não é investigado.
Em Goiânia, os trabalhos ocorreram na casa do presidente da comissão de licitação, Galeno Furtado.
Todos os investigados negam a existência de um suposto esquema de beneficiamento ilícito de empresas de ônibus no Distrito Federal e manipulação do processo licitatório que, segundo as apurações do Ministério Público, já foi elaborado de maneira viciada.
Os policiais apreenderam em escritórios, casas e garagens, computadores, pen drives, e documentos que possam ajudar no prosseguimento das apurações do caso.
Quanto à decisão do juiz Lizandro Gomes Filho, da 1ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, cabe recurso.
DECISÃO JUDICIAL E HISTÓRICO:
O juiz Lizandro Gomes Filho, da 1ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, anulou nesta segunda-feira, 25 de janeiro de 2016, a licitação do transporte público da região por entender que houve irregularidades no processo que começou em 2011. Há possibilidade de recurso.
O magistrado também deu 180 dias para que o Governo do Distrito Federal faça uma nova licitação contratando outras empresas de ônibus.
No despacho, o juiz concluiu que advogado Sacha Reck, especializado no setor de transportes, agiu “ilicitamente na gestão e consultoria” para a disputa entre as empresas de ônibus.
Os empresários Constantino de Oliveira e da família Gulin, que estão entre os vencedores, são clientes de Sacha em outros serviços advocatícios, segundo as investigações,
Os réus ainda devem pagar os custos do processo, que teve início em 2013, somando R$ 50 mil.
A ação envolve o Governo do Distrito Federal e as empresas vencedoras da licitação: Expresso São José, Marechal, HP-Ita Transportes (Urbi), Pioneira e Piracicabana.
O juiz ainda entendeu que a contratação de Sacha para fazer a consultoria do edital antes mesmo da licitação denota que já havia um acordo para favorecer os grupos empresariais, como de Constantino de Oliveira e a família Gulin, que depois se tornaram vencedores.
“agir inescrupuloso de um projeto de burla à moralidade, que se constituiu muito antes da abertura da licitação e aceitou que uma pessoa interessada, alheia aos quadros públicos, opinasse e gerenciasse a concorrência”.
O magistrado ainda acrescentou que a participação de Sacha teria sido decisiva para o resultado da licitação.
“A atuação do advogado Sacha Reck, sem nenhuma dúvida, sempre foi direcionada a uma contratação viciada”.
O juiz Lizandro Gomes Filho ainda acrescenta, para a decisão, o depoimento extrajudicial do então presidente da Comissão de Licitação dos Transportes do Distrito Federal, Galeno Furtado Monte, que apontou a influência do advogado na condução do grupo responsável por analisar as propostas das empresas participantes.
O magistrado não está convencido sobre a regularidade da contratação de Sacha.
“Os réus, inclusive o DF, até agora não conseguiram, retilineamente, explicar a natureza jurídica da ‘consultoria’ de Sacha Reck, tampouco a forma de sua contratação e pagamento.”
EMPRESAS COM LIGAÇÕES:
Para o juiz determinar a anulação da licitação, no entanto, não foi só levada em consideração uma possível contratação de Sacha Reck de maneira irregular para direcionar o resultado da disputa. O juiz diz que há vínculo entre as empresas envolvidas para operar em diferentes lotes, o que é contra o próprio edital. Um dos exemplos é relação entre a Viação Piracicabana e Viação Pioneira, que foram declaradas vencedoras, e controladas, segundo o magistrado,  por uma “sociedade maior” chamada “Expresso União” que também disputou a concorrência. Todas as empresas são da família de Constantino Oliveira.
INVESTIGAÇÕES:
As investigações do Ministério Público do Distrito Federal sobre a licitação dos transportes tiveram início em 2013 e contaram com o apoio do Ministério Público em Guarapuava e do Ministério Público de Apucarana, ambas cidades do Paraná, que também tiveram a participação de familiares de Sacha nos processos licitatórios de transportes. Nestes municípios, as famílias Gulin e de Constantino de Oliveira de igual modo teriam supostamente sido beneficiadas em licitações de transportes.
De acordo com as apurações dos promotores no Distrito Federal, há indícios de que a licitação da capital federal foi direcionada para favorecer empresas de ônibus justamente de Constantino e de Gulin. Para este favorecimento, segundo o despacho do magistrado, houve a atuação do advogado Sacha Reck por meio de seu escritório e, do pai dele, Garrone Reck, e do irmão, Alex Reck, pela empresa Logitrans – Logística, Engenharia e Transportes Ltda, também com sede em Curitiba, no Paraná. Todos negam.
A Logitrans começou os trabalhos de elaboração do edital de licitação, com estudos de logística .
A mesma Logitrans atuou também nas consultorias de licitação dos transportes em Guarapuava e Apucarana
A atuação do escritório de advocacia de Sacha e da Logitrans teria colaborado para que a concorrência pública fosse direcionada em prol dos clientes Constantino e Família Gulin, segundo os promotores, dependendo de cada cidade.
O escritório de advocacia do qual Sach Reck era sócio na época da licitação do Distrito Federal foi um dos alvos da 18ª fase da Operação Lava Jato, mas não sobre o processo da capital.
Nas ações judiciais sobre o DF, foi citado que Sacha e o pai Garrone Reck são investigados no Paraná também por supostas interferências que teriam direcionado resultados de licitação dos transportes. Eles chegaram a ter os bens bloqueados pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Sacha e Garrone foram investigados por improbidade administrativa e fraudes em licitação naquele estado.
O advogado Sacha Reck ao longo da polêmica licitação no Distrito Federal sempre negou as supostas irregularidades. Segundo ele, o trabalho de consultoria foi legítimo e não houve direcionamento da licitação. Documentos comprovariam a legitimidade do processo, segundo ele.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Novos números comprovam que o ônibus é amigo do meio ambiente em São Paulo

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

ônibus
Ônibus são meios de transporte que trazem benefícios ambientais que são ampliados quando poder público estimula a aplicação de soluções mais limpas, como ônibus elétricos
Transporte coletivo por ônibus é responsável por 19% da poluição e carros por 65%. Frota limpa de ônibus, sem esquecer da expansão da rede de trilhos de alta capacidade, faria uma cidade mais humana e amigável à vida
ADAMO BAZANI
Que o transporte público é uma das principais soluções para reduzir o trânsito e a poluição, praticamente é consenso, até entre os que não são ditos especialistas.
No entanto na hora de colocar em prática ações que realmente ampliariam a oferta de transporte coletivo, aí a situação muda de figura e a velocidade e a seriedade dos projetos nem sempre são satisfatórias.  Por isso, quando surge algum dado novo sobre o benefício do transporte coletivo para o bem-estar geral e de cada indivíduo é importante destacar.
Desta vez, o Blog Ponto de Ônibus reproduz um dado recente revelado nesta segunda- feira, 25 de janeiro de 2016, ao jornal O Estado de São Paulo pelo IEMA – Instituto de Energia e Meio Ambiente e compara com outros números de diversas fontes oficiais.
De acordo com um estudo do IEMA, que ainda está em andamento, no entanto, este resultado já é consolidado, com base nos inventários da Secretaria de Verde e Meio Ambiente do Município de São Paulo e da Cetesb – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, os carros de passeio são responsáveis por 65% das emissões de poluentes do setor de transportes na capital paulista e os ônibus respondem por 19% destas emissões. Vale destacar, no entanto, que os ônibus que poluem menos, transportam mais da metade das pessoas que se deslocam por dia em São Paulo.
Só por este resultado, a defesa de investimentos em melhorias nos sistemas de ônibus, sem claro, se esquecer da tão necessária e primordial expansão da Rede de Metrô e trens da CPTM, já ganharia um argumento forte a mais.
Entretanto, se este dado não for analisado de maneira isolada e for comparado com outros números importantes sobre a frota da capital paulista e o número de viagens e pessoas atendidas na Grande São Paulo, aí é possível chegar à conclusão que é quase um ato homicida continuar privilegiando o transporte individual motorizado, embora que se não pode deixar de lado ações da prefeitura de São Paulo, como as faixas de ônibus, que somam hoje 485 quilômetros, e as ciclovias, apesar de erros em alguns espaços da cidade. Infelizmente, no entanto, o total de corredores de ônibus é tímido: em torno de 130 quilômetros para mais de 17 mil vias, 9 milhões de passageiros por dia (contando integrações com trem e metrô) e quase 15 mil ônibus municipais.
FROTA X POLUENTES E VIAGENS X FROTA:
Se os números do IEMA forem comparados ao total de frota na cidade, veremos que os ônibus ainda são muito poluentes, havendo a necessidade de tecnologias alternativas ao óleo diesel.
No entanto, se levarmos em consideração o número de pessoas atendidas pelos ônibus e pelos carros, chegaremos à óbvia conclusão de que o ônibus sim é um investimento em prol do meio ambiente, mas análise não termina aí.
De acordo com dado mais recente do Denatran – Departamento Nacional de Trânsito, referente ao mês de dezembro de 2015, São Paulo tem um frota de 7 milhões 590 mil 181 veículos automotores em geral, entre motos, carros, caminhões e ônibus.
Já de acordo com o dado mais recente da SPTrans – São Paulo Transporte, gerenciadora do sistema da capital paulista, referente ao mês de dezembro de 2015, a cidade tem uma frota de 14 mil 754 ônibus para as linhas municipais.
Arredondando os números, os ônibus municipais correspondem então a 0,3% da frota de veículos na capital paulista. Se 0,3% são responsáveis por 19% das emissões de poluição, significa que os ônibus, numa primeira análise, são bem poluidores. Isso reforça a necessidade de ampliação de tecnologias que reduzem as emissões dos coletivos sobre pneus, como ônibus elétricos a bateria, ampliação da rede de trólebus (que hoje estão mais modernos), ônibus elétrico-híbrido, ônibus a gás natural, ônibus a biometano, ônibus a etanol, ônibus a diesel de cana de açúcar, entre outras soluções.
O cumprimento da lei 14.933, de 5 de junho de 2009, a chamada Lei das Mudanças Climáticas, que determina que até 2018 nenhum ônibus na cidade de São Paulo dependa exclusivamente do uso do óleo diesel, já aumentaria os ganhos em prol do meio ambiente que transporte coletivo pode proporcionar aos cidadãos. A troca dos ônibus deveria começar em 2009, com a substituição de 10% dos ônibus por ano. Mas nem mesmo a licitação dos transportes na cidade contempla a lei, o que é contestado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.
Como especialistas em mercado de ônibus e o próprio poder público dizem que até 2018 será impossível cumprir a determinação legal, já que hoje apenas 656 ônibus, incluindo os 200 trólebus, têm condições de atender à lei, o que se pede é que a licitação contemple uma exigência que proporcione mudanças de fato, com a elaboração de um cronograma mais próximo da realidade. Mas deve haver cobranças e não apenas citar a existência de tecnologias não poluentes sem nenhuma meta clara, como até então há nos editais da licitação.
Os ônibus em corredores e faixas, por terem um desempenho melhor, mesmo a diesel, também poluem menos.
Mas calma! Comparar apenas as emissões com a frota seria uma análise muito superficial da realidade que induziria a conclusões erradas. Há um equívoco, inclusive de alguns especialistas e formadores de opinião, que parecem não entender que a cidade não pode ser feita para veículos, seja carro, ônibus, caminhão, moto, etc. A cidade é para pessoas e aí que está o “X” da questão que mostra sim que o ônibus, apesar de ser movido a diesel, ainda é um amigo do meio ambiente. É a quantidade de viagens realizadas e de pessoas atendidas pelos modais de transportes que deve ser levada em conta.
Segundo a mais recente pesquisa de Origem e Destino do Metrô, disponível para consulta, em 2007, o transporte público foi responsável por 55,3% das 38,2 milhões de viagens motorizadas na Grande São Paulo.
Os ônibus respondem por 75% aproximadamente dessas viagens por transporte público na Grande São Paulo.  Por que levar em consideração os números da Grande São Paulo e não só da capital paulista?  Porque muitas das viagens que são realizadas em São Paulo iniciam nos municípios ao entorno.
O que se conclui é que os ônibus atendem a mais da metade das pessoas que se deslocam na cidade de São Paulo. Por pessoa transportada, os ônibus poluem 12 vezes menos que os carros.
Assim o transporte coletivo de passageiros é uma maneira inteligente de ocupar o espaço urbano e ao mesmo tempo de oferecer qualidade de vida, reduzindo os índices de poluição.
As políticas públicas em prol do transporte coletivo devem ser mais realistas e transparentes com a população. Demandas grandes devem ser atendidas por sistemas de trilhos de alta capacidade, como metrô subterrâneo e o trem pesado, pelos altos investimentos e complexidade das obras. Médias demandas são perfeitamente atendidas por corredores modernos de ônibus BRT  Bus Rapid Transit, que são até dez vezes mais baratos e podem ser implantados até cinco vezes mais rapidamente que os outros sistemas de média capacidade. E o problema de mobilidade em cidades como São Paulo e as que formam a região metropolitana exigem soluções rápidas e duradouras.
Quanto mais ônibus eficientes, mais trem e mais metrô de alta capacidade houver, mais a vida vai agradecer nas cidades.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Fechamentos de empresas de ônibus urbanos no Rio de Janeiro causam preocupação em população, trabalhadores e empresários

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

onibus
Ônibus da Algarve, a quinta empresa de ônibus a fechar as portas em menos de um ano no Rio de Janeiro.
Somente no ano passado, quatro companhias de ônibus encerraram as atividades. A mais recente, neste ano, foi a Algarve que a partir de hoje deixa de operar 19 linhas na zona oeste
ADAMO BAZANI
Com informações O DIA
O setor de transportes de passageiros está em alerta no Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira, 25 de janeiro de 2016, mais uma empresa de ônibus deixa de operar, é a Viação Algarve, que integrava o Consórcio Santa Cruz, e operava 19 linhas na zona oeste do Rio de Janeiro. A empresa tinha 462 funcionários e em torno de 100 veículos.
De acordo com o Rio Ônibus, que é o sindicato que representa as companhias de ônibus, a situação das empresas, que já não era favorável desde o início do ano passado, piorou a partir de agosto. Uma parte desta realidade por causa da crise econômica no País, motivada pelo descontrole das contas públicas por parte do Governo Federal: houve uma queda de 12% na demanda de passageiros no estado do Rio de Janeiro e o desemprego em outros setores também afetou a emissão de Vales-Transportes. Segundo a entidade, 90 mil vales deixaram de ser comprados em 2015.
A preocupação também é muito grande entre os trabalhadores. Por causa do quadro econômico atual, quatro empresas de ônibus deixaram de operar no ano passado, o que representou 1.980 demissões. O Rio Ônibus diz que a maior parte destes trabalhadores foi aproveitada pelas empresas que assumiram as linhas e que a população sentiu menos o impacto do fechamento das companhias de ônibus.
De acordo com Sintraturb, sindicato que representa os trabalhadores, a situação atual é bastante preocupante se comparada com os números de outros anos . De 1982 até 2004, sete empresas fecharam. Em 2015, quatro empresas encerraram as atividades e agora, no início de 2016, foi a vez da Algarve. O Sindicato aposta que outras companhias podem fechar as portas ainda em 2016.
A Algarve é uma empresa do Grupo Breda Rio e surgiu, para a licitação de 2010, da cisão da Auto Viação Jabour.
Empresários, especialistas em mobilidade urbana e trabalhadores sugerem uma série de medidas para evitar o fechamento de outras empresas, mais demissões e até mesmo reflexos na operação para os passageiros. Entre elas, maior controle da gratuidade com restrições e uso de tecnologia como biometria facial, aumento dos subsídios para que haja um equilíbrio melhor nas contas do transporte e fontes externas de recursos, uma das ideias é, para todo o país, o direcionamento de parte da Cide, o chamado imposto sobre gasolina para subsidiar o transporte coletivo.
As empresas que encerraram as atividades recentemente foram:
2016
– Algarve (Consórcio Santa Cruz)
2015
– Translitorânea (Consórcio Intersul)
– Rio Rotas (Consórcio Santa Cruz)
– Andorinha (Consórcio Santa Cruz)
– Top Rio (Consórcio Internorte)
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Ônibus de 40 metros de comprimento pode ser alternativa para sistemas de maior capacidade

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

ônibus
Ônibus-gigante ou trem de estrada é visto como alternativa de menor custo para transporte de maior capacidade.
Veículo elétrico híbrido possui velocidade máxima em torno de 50 quilômetros por hora. Testes foram apresentados nas Filipinas
ADAMO BAZANI
Se você acha que os ônibus biarticulados que servem cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, de 28 metros de comprimento são gigantes, então você precisa conhecer o Hybrid Road Train, chamado de trem da estrada e que foi apresentado nas Filipinas.
O veículo tem 40 metros de comprimento e pode transportar em torno de 300 passageiros por vez. São quatro articulações e cinco “carros”.
A velocidade é de 50 quilômetros por hora e o projeto foi desenvolvido pelo  DOST – Departament of Science e Technology’s das Filipinas.
O veículo foi apresentado oficialmente em junho de 2015 e são realizados testes. Na quinta-feira, 14 de janeiro de 2016, houve um princípio de incêndio, que assustou os passageiros no veículo, mas ninguém ficou ferido. O ônibus-trem é apresentado como alternativa aos altos custos da expansão do metrô de Manilla, com eficiência semelhante ao sistema de trilhos.
Os testes devem durar de dois a três anos para comprovação de segurança.
As autoridades estimam que o sistema com o ônibus gigante pode transportar 640 mil pessoas por dia, em corredores especiais.
ônibus
Mega-ônibus faz curva em testes
O veículo é elétrico-híbrido, possuindo um motor combustível que gera energia para o motor elétrico.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Ormeño amplia linha de ônibus e agora vai fazer a ligação Lima – Rio de Janeiro

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

Ormeno Rio
Expresso Ormeño tem 15 destinos internacionais. Viagem é uma verdadeira atração, mas requer disposição e paciência.
Serviços começaram a ser prestados a partir deste domingo
ADAMO BAZANI
A empresa de ônibus Expresso Internacional Ormeño S.A. anunciou que a partir deste domingo, 24 de janeiro de 2016, começa a operar uma linha entre Rio de Janeiro e Lima, no Peru, com percurso curso de aproximadamente seis mil quilômetros. A viagem deve durar em torno de cinco dias.
No Peru, devem ser atendidas as cidades de Lima, Ica, Nazca, Abancay, Cuzco, Puerto Maldonado e Iñapari. Já no Brasil, há paradas em Assis Brasil, próximo à fronteira peruana, Rio Branco, Porto Velho, Cuiabá, Campo Grande, São Paulo e Rio de Janeiro.
Parte do trajeto vai ser feito pela Estrada Interoceânica do Sul, que liga a costa peruana do oceano Pacífico ao à costa brasileira do oceano Atlântico.
A empresa já operava a linha entre São Paulo e Lima desde 2010.
O fato de o Rio de Janeiro sediar as Olimpíadas neste ano foi um dos fatores que fez o empresário Julio César Ormeño decidir pela extensão da linha.
Segundo a empresa, a linha vai ser uma opção para brasileiros a partir do Rio conhecerem Cuzco sem precisarem ir até Lima e depois seguirem até este destino. A linha deve também beneficiar turistas da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Venezuela.
A rota Rio – Lima é o 15º trajeto internacional da Ormeño, que a partir de Lima, tem destinos como Mendoza (Argentina), Santiago do Chile, Guayaquil e Quito (Equador), Cali, Medellín, Cartagena, Santa Marta, Cúcuta e Bogotá (Colômbia), Caracas (Venezuela), La Paz (Bolívia).
Mas será que uma linha tão grande tem sentido diante do avanço da aviação civil, cujos preços estão mais em conta? Se não houvesse o retorno certamente, a Ormeño não faria mais a linha e não a prolongaria até o Rio. Além de as passagens mais em conta do que as os bilhetes das aéreas, o trajeto para quem tem disposição e paciência, é uma verdadeira atração para ser lembrada por toda a vida, passando por paisagens diferentes e tendo acesso às várias culturas no Brasil e Peru.
Abaixo uma reportagem da Rede Record que acompanhou umas das viagens completas:

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Pesquisadores de Manaus desenvolvem conceito de ônibus biarticiulado ou trem leve que flutua que pode ser alternativa de mobilidade urbana

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

Star D
Star – D “flutua” com gás hélio e é ligado a trilhos. Foto: Márcio Silva
É o Star-D, cujo custo de implantação seria semelhante ao do BRT, segundo responsáveis pelo projeto. Veículo seria capaz de transportar até 400 pessoas
ADAMO BAZANI
Após realizarem uma pesquisa em 2009 sobre economia em transportes de cargas, três engenheiros de Manaus desenvolveram um conceito de veículo que pode ser uma alternativa para mobilidade urbana. Trata-se do Star – D, uma espécie de trem leve ou de ônibus biarticulado, inspirado na tecnologia dos dirigíveis, que “flutua” através de gás hélio estando ligado a trilhos.
A movimentação se dá por turbinas.
O protótipo já foi desenvolvido em dimensões reduzidas e patenteado pelos engenheiros Olavo Tapajós, Antônio Leão e Luiz Cláudio Alencar, está sendo testado neste momento.
Segundo os responsáveis pelo projeto Star D, o custo de implantação seria entorno de US$ 20 a US$ 40 milhões por quilômetro.
O veículo poderia transportar até 400 pessoas. A capacidade do sistema e a velocidade comercial ainda precisam ser definidas. Os pesquisadores, no entanto, disseram ao repórter Oswaldo Neto, de A Crítica, que faltam de incentivos para estudos da nova alternativa.
Segundo eles, o Brasil possui uma fabricante de dirigíveis localizada em São Carlos, no interior de São Paulo, com 40 engenheiros da USP, o que tornaria mais fácil a implantação do Star-D.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes