Volvo entrega as vinte primeiras unidades de ônibus de 14 metros com motor dianteiro

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

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Com ônibus de 14 metros e motor dianteiro, Volvo diz atender demanda no mercado por veículos de baixo custo e maior capacidade.
Veículos já estão circulando no Pará e no Paraná
ADAMO BAZANI
Diante de um cenário de crise econômica e de retração de vendas de veículos pesados, a Volvo aposta numa nova versão de ônibus que pode ajudar a minimizar o quadro atual. Trata-se do veículo de motor dianteiro B270F, de 14 metros de comprimento e dois eixos, que pode ser usado em serviços metropolitanos ou rodoviários intermunicipais de curtas e médias distâncias.
O B270F foi um dos responsáveis pelo aumento das vendas de ônibus da Volvo desde 2012 nas versões tradicionais e pelos ganhos de posições no ranking das montadoras de veículos de grande porte.
Com a nova versão do modelo, a Volvo quer atender a uma demanda de mercado que precisa de ônibus que tenham um custo inferior de aquisição e manutenção e uma maior capacidade de atendimento. O modelo pode receber carrocerias de ônibus com até quatro lugares a mais em versões com ou sem banheiro na comparação com os tradicionais veículos de dois eixos com 13,2 metros ou 13,6 metros.
“Somos a única montadora a oferecer esta opção para veículos com motor dianteiro. O aumento da capacidade de passageiros se traduz em aumento da rentabilidade para os nossos clientes” –  afirmou em nota o presidente da Volvo Bus Latin America, Luis Carlos Pimenta.
Segundo a Volvo, as primeiras empresas que compraram o B270F de 14 metros foram a Sucesso Transportes, de Belém, no Pará; com 10 unidades; e a Princesa dos Campos, de Ponta Grossa, no Paraná com outros 10 ônibus.
A Sucesso Transporte destinou os veículo para transporte rodoviário intermunicipal de curta distância. A capacidade de cada ônibus é de 53 passageiros.
 “Os novos veículos, com maior capacidade de transporte, trazem ganhos tanto para nossos clientes quanto para a empresa. Aumentamos a oferta de lugares aos passageiros e também a rentabilidade da operação”, disse na nota o presidente da empresa Sucesso Transporte, Luis Mendes.
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Volvo garante que motor é indicado para sistemas com ar-condicionado, com menor perda de potência
Já ônibus da Princesa dos Campos oferecem 52 lugares cada e operam em viagens de curta distância entre cidades próximas e regiões metropolitanas.
A empresa decidiu substituir parte frota de ônibus metropolitanos com características urbanas pelo modelo rodoviário.
“Estamos oferecendo mais qualidade e segurança aos nossos clientes, com ônibus mais confortáveis e ar condicionado. Além disso, os passageiros podem programar suas viagens com antecedência, não ficando sujeitos a atrasos ou a viagens em pé”,informou na mesma nota, o presidente da Princesa dos Campos, Florisvaldo Hudinik.
O modelo tem suspensão a ar, o que segundo a Volvo amplia o conforto e a segurança.
“O chassi de motor dianteiro da Volvo é reconhecido no mercado pelo baixo custo operacional. O motor de 270 cv permite manter a velocidade mesmo em marchas mais altas, reduzindo o consumo de combustível. O motor de seis cilindros é ideal para o uso de ar condicionado, pois apresenta menor esforço e menores rotações, sem perdas para a operação. O modelo é ainda produzido com um tipo aço especial, o que o torna o mais leve e mais robusto do mercado no segmento de semipesados.” – complementa a Volvo.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Com 35 anos, unidade da Marcopolo Ana Rech já produziu mais de 220 mil ônibus e é a maior fábrica de carrocerias do País

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

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O Marcopolo Strada era o retrato perfeito do Brasil dos anos de 1980, quando começava a produção da Unidade Ana Rech. Os ônibus ligavam as áreas mais carentes e sem infraestrutura às regiões onde havia maior desenvolvimento e mais oportunidades.
Unidade foi inaugurada em 20 de fevereiro de 1981. Ônibus Marcopolo Paradiso Geração 4 foi um dos marcos da história
ADAMO BAZANI
A unidade da fabricante Marcopolo do Distrito Industrial do bairro Ana Rech, em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, pode ser considerada um dos monumentos e marcos da importância dos ônibus nos transportes brasileiros e de como o setor auxiliou o desenvolvimento do País.
A planta completou no último dia 20 de fevereiro de 2016, 35 anos de atividades e é considerada a maior produtora de carrocerias de ônibus do país e a maior da marca em todo o mundo. De acordo com a Marcopolo, atualmente somente a unidade Ana Rech corresponde a 30% da produção nacional de ônibus. A capacidade diária de produção é de 30 veículos e, em toda história, já fabricou mais de 220 mil ônibus, entre micros, urbanos e rodoviários. A planta ocupa uma área total de 471 mil m² e a área construída é de 88 mil m². Segundo a Marcopolo, em 2012, antes da crise econômica brasileira, a planta recebeu R$ 150 milhões em investimentos, em especial para a modernização do processo produtivo.
Segundo nota da Marcopolo, a unidade tem capacidade para atender as diferentes exigências para cada modelo de ônibus, que no Brasil, varia de acordo com as regiões, em especial para os modelos urbanos. Há cidades, por exemplo, que exigem apenas veículos de três portas, em outras, a porta do meio fica mais próxima da frente do ônibus, as larguras também podem variar, entre outras especificações determinadas pelos municípios individulamente. Em nota, a Marcopolo diz que o diferencial é a customização dos veículos, também para artistas.
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Segundo a Marcopolo, customização dos ônibus é uma das características da Unidade da Ana Rech, desde o atendimento às exigências de cada cidade às características de veículos de tecnologia avançada, como o Viale a Hidrogênio, testado pela Metra no ABC Paulista. Foto. Adamo Bazani
“O grande diferencial em relação à maioria das fábricas de ônibus do mundo é o grau de customização que a linha de produção aplica para atender a demanda dos clientes, desde pinturas especiais até acabamentos internos diferenciados, como os de artistas e cantores, com camarim e estúdio, ou dos times de futebol, passando por configurações específicas, como os ônibus fora-de-estrada que rodam na Amazônia, os de teto removível, para os Emirados Árabes Unidos, ou os movidos a hidrogênio, utilizados em São Paulo. A unidade abriga também o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Marcopolo, com mais de 300 técnicos e engenheiros dedicados à contínua evolução e aprimoramento dos modelos. Marcopolo concentrou também em Ana Rech as áreas de PDI (Inspeção antes da entrega ao cliente) e assistência técnica, além da fabricação de componentes e equipamentos para os veículos, como poltronas, painéis de acabamento, laterais e revestimentos internos, entre outros. As peças produzidas na fábrica de Ana Rech são também enviadas para as demais unidades da empresa no Brasil e no exterior.”
UNIDADE MARCOU TRANSIÇÃO DA MARCA E DA PRODUÇÃO DE ÔNIBUS NO BRASIL:
Ana Rech
Inauguração da Unidade Ana Rech em 20 de fevereiro de 1981 foi considerada marco para a indústria de ônibus
A inauguração da planta em Ana Rech, no dia 20 de fevereiro de 1981, com a presença então presidente João Baptista Figueiredo, foi realizada dentro de um contexto econômico, político e social no país.
A urbanização no Brasil crescia em níveis não vistos anteriormente, apesar de o processo ter começado nos anos 1950. Os transportes metroferroviários não recebiam mais investimentos suficientes e necessários. Eram os ônibus que davam conta deste crescimento respondendo prontamente às necessidades, mesmo com a baixa infraestrutura do país ainda naquela época. Isso mesmo, enquanto em diversas partes do mundo, inclusive na América Latina, nos anos de 1980 as cidades já desenvolviam redes de transportes mais eficientes e novos conceitos urbanísticos, o Brasil vivia realidades diferentes com crescimento urbano em algumas áreas e ainda presença forte de ruas e estradas de terra.
As realidades eram diferentes dentro de um mesmo município, com regiões centrais desenvolvidas e periferias carentes do básico para os cidadãos. Mas lá estavam os ônibus, ligando as diferentes situações e permitindo com que as pessoas das áreas mais afastadas tivessem acesso ao desenvolvimento e à oportunidade de crescer.
Os passageiros ficavam aos poucos mais exigentes, mas diante das condições adversas, os ônibus ainda tinham de ser bem robustos.
A unidade também marcou a transição da linha de produtos da empresa. Lá é que foram produzidos os últimos Marcopolo da série 3, o Marcopolo III.
Paradiso
O Marcopolo Paradiso da Geração 4 ficou na história e trouxe uma configuração nova para os ônibus das estradas.
Em 1983, já estavam no mercado os ônibus da chamada Geração 4. Novos modelos e novos nomes: foi na época do início dos trabalhos da Ana Rech que surgiram Marcopolo Paradiso e o Marcopolo Viaggio (rodoviários), Marcopolo Strada ou Viaggio Strada, que era uma espécie de ônibus off road, Marcopolo Torino (urbano) e Marcopolo Senior (micro).
O alto volume de produção indicava a necessidade pelo transporte coletivo desenvolvendo o país. Dez anos após a inauguração da planta Ana Rech, segundo a Marcopolo, era feito o ônibus número 60 mil, o rodoviário Paradiso da Geração 4.
Em nota, a Marcopolo diz que a unidade continua alcançando números importantes:
“Com o objetivo de suprir a crescente demanda de produção da época, a unidade de Ana Rech foi inaugurada em 1981, com a presença do então presidente da República, João Baptista Figueiredo. A construção, iniciada três anos antes, projetava a implantação de modernos sistemas de fabricação, planejados e desenvolvidos para obter alto grau de racionalização e produtividade. Dez anos após a fundação, a fábrica comemorou a produção do ônibus 60.000, o rodoviário Paradiso da então Geração 4. Em 2001, a unidade Ana Rech foi considerada “fábrica modelo”, com equipamentos, pessoal especializado, processos industriais e desenvolvimento do produto. Em 2015, foi produzido o veículo 400.000. Além das áreas de produção, administração, comercial e de engenharia, a fábrica de Ana Rech contempla um Centro de Treinamento para capacitação dos empregados e de clientes, além de uma unidade da Escola de Formação Profissional Marcopolo, para aprendizagem de menores da comunidade. Conta também com uma ampla estrutura de suporte aos empregados, como restaurante, serviços médicos, farmácia, bancos, despachantes, seguradora, biblioteca e loja conveniada.”
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Itapemirim demite ao menos 70 funcionários, causando preocupação entre os outros trabalhadores

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

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Ônibus operado pela Itapemirim. Trabalhadores temem mais cortes
Funcionários também afirmaram que direitos trabalhistas estão atrasados
ADAMO BAZANI
A Viação Itapemirim demitiu na semana passada ao menos 70 funcionários da sede em Cachoeiro de Itapemirim, no estado do Espírito Santo.
De acordo com os funcionários, alguns direitos trabalhistas como ticket alimentação e plano de saúde não foram fornecidos para os empregados que também reclamam de salários atrasados.
As informações foram divulgadas pelo jornal O Fato, de Cacheiro de Itapemirim, onde a empresa começou a atuar.
Blog Ponto de Ônibus entrou em contato com a assessoria da empresa de ônibus e aguarda retorno.
Funcionários da empresa disseram ao Blog Ponto de Ônibus que a companhia passa por situação financeira complicada devido à crise econômica e a problemas de gestão em anos anteriores.
No dia 4 de junho de 2015, a Itapemirim repassou 68 linhas interestaduais para a Viação Kaissara entre as quais, trajetos de grande demanda, como São Paulo / Rio de Janeiro, São Paulo / Rio de Janeiro (via ABC Paulista), São Paulo / Curitiba, Rio de Janeiro / Curitiba, Salvador/ Rio de Janeiro, Brasília / Belo Horizonte, Rio de Janeiro / Curitiba.
Em torno de 40% da frota que era operada pela Itapemirim foram assumidos pela Kaissara.
Com a transferência, a Itapemirim manteve 50 itinerários, o que corresponde a 40% de sua atuação anterior.
Kaissara e Itapemirim ainda ocupam as mesmas estruturas, o que leva até mesmo funcionários afirmarem que ainda se trata de um mesmo grupo empresarial. A afirmação, entretanto, é negada por um dos diretores da Kaissara, Fernando Santos, que em entrevista ao Blog Ponto de Ônibus afirmou que não há sócios em comum entre as duas empresas.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Corredores de Ônibus e Metrô devem atrasar ainda mais em 2016 depois de novo corte do Governo Federal

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

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Falta de prioridade ao transporte coletivo é um dos principais problemas nas cidades. Cortes de verbas devem dificultar investimentos em corredores de ônibus e metrô- Foto: Jornal do Brasil
Total de cortes é de R$ 23,4 bilhões. Recessão e inflação devem ser maiores neste ano do que a previsão inicial do governo. Educação e Saúde também sofreram grandes contingenciamentos
ADAMO BAZANI
Prefeitos e governadores de todo o país justificam entre os principais motivos para os atrasos na implantação de obras importantes para mobilidade urbana o fato de, por causa da crise econômica e fiscal, o Governo Federal ter repassado em 2015 menos recursos para financiamentos destas intervenções.
Exemplos são o prefeito de São Paulo Fernando Haddad em relação aos corredores de ônibus, cuja meta de conclusão de 150 quilômetros de seus espaços não deve ser atingida até o final de 2016, e também o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que não consegue cumprir todos os cronogramas de obras de monotrilho e metrô, congelando o prazo para iniciar expansões da rede e construir estações.
Em 2016, a situação não deve melhorar. Não é pessimismo, mas o fruto de mais um corte apontado como necessário pelo Governo Federal para contornar o descontrole das contas públicas, problema já admitido pela própria presidente Dilma Rousseff.
Nesta sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016, o Governo Federal anunciou corte de R$ 23,4 bilhões no Orçamento de 2016. Serão atingidas as despesas discricionárias que são aquelas não obrigatórias dentro do Orçamento, como investimentos e financiamentos de obras. As despesas obrigatórias, que não sofreram cortes, só podem ser mudadas por Lei e englobam folhas de pagamento, juros e dívidas, por exemplo.
O PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, que financia a maior parte das obras de mobilidade urbana em todo o país, novamente foi um dos que mais perderam recursos.
Neste ano, o corte foi de R$ 4,27 bilhões .
No ano passado, o Governo Federal anunciou corte de R$ 69,9 bilhões. Deste total, o PAC perdeu R$ 25,9 bilhões.
Segundo o próprio Governo Federal, os cortes menores neste ano não significam que a situação do país esteja melhor em 2016 e sim que o Orçamento deste ano já saiu do Congresso mais enxuto, com previsões realistas sobre as menores receitas disponíveis para investimentos.
O Governo Federal ampliou a previsão de fatores negativos para economia. Neste ano, a queda do PIB – Produto Interno Bruto , que indica que o país está em recessão, deve ser de 2,9% – anteriormente para 2016, governo havia previsto uma queda de 1,9%. Em relação a 2015 a estimativa é que o PIB obteve um recuo de 3,7%.
A inflação vai ser maior do que o previsto. Segundo o Governo Federal, o IPCA -Índice de Preços ao Consumidor Amplo, a inflação oficial, deve chegar a 7,1% em 2016, acima do teto da meta para este ano que é de 6,5%.
Em relação aos ministérios, os maiores cortes serão em Minas e Energia, Saúde e Educação.
CONFIRA OS PROGRAMAS E MINISTÉRIOS QUE MAIS VÃO SOFRER CORTES – VALORES NOMINAIS:
– PAC – Programa de Aceleração do Crescimento: Corte de R$ 4,27 bilhões, com Orçamento passando de R$ R$ 30,77 bilhões para R$ 26,43 bilhões.
– Ministério de Minas e Energia: Corte de R$ 3,14 bilhões, com Orçamento passando de R$ 6,51 bilhões para R$ 3,37 bilhões.
– Ministério da Saúde: Corte de R$ 2,53 bilhões, com Orçamento passando de R$ 91,5 bilhões para R$ 88,97 bilhões.
– Ministério da Educação: Corte de R$ 1,43 bilhão, com Orçamento passando de R$ 32,8 bilhões para R$ 31,5 bilhões.
– Ministério da Defesa: Corte de R$ 690 milhões, com Orçamento passando de R$ 8,07 bilhões para R$ 7,38 bilhões.
– Ministério da Agricultura: Corte de R$ 554 milhões, com Orçamento passando de R$ 2,03 bilhões para R$ 1,48 bilhão.
– Ministério da Fazenda: Corte de R$ 364 milhões, com Orçamento passando de R$ 3,30 bilhões para R$ 2,94 bilhões.
– Desigualdade Social e Combate à Fome: Corte de R$ 344 milhões, com Orçamento passando de R$ 31,87 bilhões para R$ 31,52 bilhões.
– Ministério da Justiça: Corte de R$ 249 milhões, com Orçamento passando de R$ 2,78 bilhões para R$ 2,53 bilhões.
– Ministério do Trabalho e Previdência Social: Corte de R$ 223 milhões, com Orçamento passando de R$ 2,41 bilhões para R$ 2,19 bilhões.
– Ministério dos Transportes: Corte de R$ 199 milhões, com Orçamento passando de R$ 952 milhões para R$ 753 milhões.
– Ministério das Cidades: Corte de R$ 178 milhões, com Orçamento passando de R$ 618 milhões para R$ 440 milhões.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Foto de busólogo ajuda polícia a recuperar ônibus furtado

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

onibus
Polícia encontrou na Bahia ônibus furtado em Campinas.
Veículo da empresa Lira foi levado da garagem em Campinas e encontrado na Bahia
ADAMO BAZANI
A foto de autoria de um busólogo, como é chamado quem admira ônibus, ajudou a polícia a recuperar um veículo furtado e a prender um suspeito.
O ônibus, um Marcopolo Paradiso da Geração 7, pertencente à empresa Lirabus, estava numa das garagens do grupo da companhia em Campinas, no interior de São Paulo, quando foi levado na madrugada de terça-feira,  16 de fevereiro de 2016.
Funcionários da empresa chegaram a publicar nas redes sociais comunicados sobre o furto do veículo e a companhia de ônibus registro boletim de ocorrência em Campinas.
Mas foi a foto de um busólogo que deu a pista de onde estava ônibus rodoviário que foi recuperado na cidade diz Poções na Bahia nesta quinta-feira 18 de fevereiro de 2016.
Outro admirador de ônibus, que pediu para não ser identificado por questões de segurança,  viu imagem do veículo no site Ônibus Brasil, que reúne acervo de mais de 3 milhões de fotos de ônibus de todo o país e é alimentado diariamente pelos busólogos.
A foto foi tirada também em Poções.
Mateus, que é da região de Campinas, disse ao Blog Ponto de Ônibus que estranhou o prefixo, que não seguia a sequencia adotada pela empresa, e a placa do veículo. Ele então comunicou funcionários da empresa que entraram contato com a polícia da Bahia.
“Eu estava olhando o site Ônibus Brasil quando apareceu a foto dele (ônibus), abri e estranhei, o prefixo 21. Estranhei também pelo fato de ele estar na Bahia, cidade de Poções. Consultei a placa, e vi que não era a daquele carro. Fiquei olhando a foto durante o dia pra ver se alguém comentava algo. Aí hoje quando postaram no Grupo Belarmino (nome do proprietário da empresa – Belarmino de Ascenção Marta) no Facebook que o carro ainda estava desaparecido que eu tive certeza que era aquele carro da foto” – relatou
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Placas e prefixos já tinham sido alterados, o que chamou a atenção de busólogo. Na imagem de cima, veículo já com as alterações e logo abaixo com os números originais.
Placas e prefixos já tinham sido alterados, o que chamou a atenção de busólogo. Na imagem de cima, veículo já com as alterações e logo abaixo com os números originais.
A polícia da Bahia com os dados obtidos pela foto recuperou o veículo furtado e prendeu um suspeito no momento que ele retirava os adesivos com o nome da empresa.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Transportes Terrestres têm queda de 10,4% em 2015

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

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Serviços de transportes terrestres foram os que mais registraram queda dentro do segmento.
Índice do IBGE leva em conta transportes de carga e de passageiros
ADAMO BAZANI
O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou nesta quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016, a PMS – Pesquisa Mensal de Serviços que mostra o desempenho dos diversos segmentos de serviços ao longo de cada mês e no acumulado do ano.
A queda do volume de todos os tipos de serviços apurados pelo IBGE em 2015 foi de 3,6% em comparação ao ano de 2014. O motivo é a crise econômica brasileira que afetou diretamente a prestação de atividades como tecnologia da informação, alojamento, alimentação, lazer, comunicação, transporte, armazenagem e turismo.
Já descontado o impacto da inflação, dezembro de 2015 foi o nono mês consecutivo de queda no setor geral de serviços.
Os serviços de transportes estão entre os que mais registraram queda em 2015 com volume 6,1% menor em comparação a 2014, No entanto, dentro do setor  foi o transporte terrestre que apresentou a maior variação negativa, de – 10,4% . Houve crescimento de 17,6% no transporte aquaviário, de 4,3% no transporte aéreo e queda de 4% nos serviços de armazenagem, auxiliares de transporte e Correios.
No caso dos transportes terrestres, o IBGE leva em consideração tanto segmentos de carga como os de passageiros.
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O tópico Transportes é considerado um dos melhores indicadores dentro da pesquisa de serviços por que indica justamente o nível de atividade para consumo e das famílias e também as atividades dos setores de produção e de bens de capital, todos que dependem tanto dos transportes de carga como de passageiros para serem prestados.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Linha Rosa: Empresa de ônibus em São Paulo vai ter linha operada apenas por mulheres

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

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Mulheres melhoraram atendimento em linha que serve a região do Aeroporto de Congonhas, garante empresa. Foto: Divulgação – Matéria: Adamo Bazani
Tupi, que atua na sul da capital paulista, está contratando mulheres. Número de reclamações caiu com iniciativa que está apenas no início
ADAMO BAZANI
A dedicação e o cuidado das mulheres para o melhor atendimento no transporte coletivo: A atuação de mulheres nos serviços de transportes tem aumentado ao longo dos anos. Hoje são cada vez mais comuns mulheres no comando de ônibus, embora o setor tenha ainda os homens como a grande maioria dos profissionais. As empresas garantem que, na maior parte das vezes, o atendimento prestado por elas é melhor. Os passageiros, que há algum tempo viam com desconfiança, hoje também na maioria dos casos dizem preferir as mulheres no comando dos ônibus.
Diante disso, a Tupi – Transportes Urbanos Piratininga Ltda, empresa que presta serviços na Zona Sul da capital paulista e que integra o Consórcio Unisul, decidiu dar um passo a mais e deu início, no último dia 06 de fevereiro de 2016, a uma iniciativa denominada Linha Rosa.
Segundo o gerente de operações da Tupi, Ernandes dos Santos, uma das linhas foi selecionada para ser operada unicamente por mulheres.
O processo ainda está no início. A linha 609J-10 – Metrô São Judas Circular que serve também os passageiros do Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, hoje conta com cinco mulheres dirigindo. Todas na parte da tarde. A linha conta com 10 motoristas e 10 cobradores durante todo o dia. A Tupi está em processo de seleção para contratar mais mulheres. Hoje ainda não há cobradoras.
E apesar de a experiência ser recente, segundo Ernandes dos Santos, já tem dado resultados. “Selecionamos esta linha porque os passageiros têm o perfil mais exigente, zelando pela qualidade e bom atendimento, já tivemos bons resultados em relação à redução no número de reclamações. Antes, a média era de nove queixas por mês, a maioria por causa da postura de quem dirige, como freadas bruscas, passar em alta velocidade em buracos, etc. Nestes quinze dias, só tivemos uma reclamação na linha” – disse Ernandes ao Blog Ponto de Ônibus em entrevista por telefone.
Com base em experiências na própria Tupi e em relatos de outras empresas de ônibus, Ernandes disse que o número de faltas entre as mulheres também é menor.
“A mulher é bastante responsável. Mesmo com os compromissos de casa, cuidando dos filhos e todas as tarefas em família, ela consegue coordenar o tempo melhor e as faltas são menores” – completa.
No dia 16 de dezembro de 2015, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, assinou a portaria 002/ 15 que determina que as empresas que operam transporte público na capital paulista reservem, no mínimo, 30% das vagas para mulheres.

As empresas que transportam os passageiros na cidade de São Paulo terão de realizar a divulgação das vagas para as profissionais. Os 30% do quadro de funcionários da empresa não terão separação por área.  Desta forma, o percentual se refere a todo o quadro profissional da empresa, podendo haver diferença, por exemplo, entre o pessoal de operação, manutenção e área administrativa. As companhias estão em fase de adaptação.
Apesar de iniciativa da Tupi se enquadrar na portaria, Ernandes disse que o objetivo principal é investir na melhoria do atendimento, já que a prefeitura não estipula que especificamente os quadros operacionais tenham um número mínimo de mulheres.
VAGAS ABERTAS PARA MULHERES:
Apesar do crescimento do número de mulheres no segmento de transportes, Ernandes afirma que ainda é difícil encontrar motoristas femininas no mercado. A empresa de ônibus está em processo seletivo e contratando as profissionais do volante.
As interessadas podem ligar para a companhia de ônibus. O telefone é (11) 5671-7177 – procurar Silmara ou mandar um currículo para o seguinte endereço:rh@tupitransportes.com.br
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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HISTÓRIA: Scania 113 e o famoso Boi Bandido

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

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A Série 3 da Scania foi uma das mais importantes da marca. Modelo conhecido popularmente como “Boi Bandido” era tão forte que possuía oito marchas, saindo tranquilamente já em segunda.
Série 3 da Scania representou inovações no mercado, possibilitando evolução no segmento de transportes de passageiros
ADAMO BAZANI
Para quem admira ou atua na área de transportes há alguns anos, o ronco é inesquecível! Saudosistas ou não, todos que viveram os transportes a partir dos anos de 1990, sejam passageiros, operadores ou frotistas, têm na memória o possante barulho dos motores da Série 3, da Scania.
Seja pelo nível de ruído ou pelo som característico, até mesmo quem não entendia quase nada de ônibus sabia quando um Scania se aproximava.
É claro que o setor de transportes não pode parar no tempo. Atualmente, com cidades e rodovias tomadas por um número maior de automóveis, o nível de ruído é uma das preocupações cada vez mais importantes para o conforto de motoristas, passageiros e das demais pessoas por onde os veículos de transporte coletivo passam, mas há quem garanta que o ronco forte do motor chega a ser apaixonante.
A série 3 da Scania, a 113 foi lançada em 1991, trazendo inovações como  maior gama de chassis com diferentes distâncias entre-eixos, transmissão traseira reforçada, caixas de câmbio renovadas e motores com maior potência e torque,  respeitando as legislações ambientais da época. Os motores de ônibus da série 3 da Scania tinham potências que variavam de 203 cavalos a 362 cavalos. Um ganho significativo em relação a série 2,  a 112, também emblemática, cujas potências variavam de 202 cv a 331 cv.
Os números podem parecer modestos diante dos modelos hoje da Scania, que possuem potências entre 250 cavalos e 440 cavalos. Mas tanto a série 2 como a série 3, representaram um importante avanço para indústria de transportes coletivos, em especial no segmento de ônibus pesados.
Já na Série 3, o chassis de ônibus da Scania tinham uma nova lógica de nomenclatura já adotada parcialmente pela série 2 dos anos 1980, quando as letras antes e depois do 113 representavam configurações diferentes. Em resumo, as letras K e L na frente do 113 significam que o motor é traseiro e as letras S e F que o motor é dianteiro. Já as letras após o número têm outros significados. A letra L quer dizer que a direção é à esquerda, que é o padrão usado no Brasil. É importante ressaltar que os 113 foram usados em outros países. Já a letra C significa ônibus convencional e a A articulado. A letra T remete a três eixos. A letra H indicava “suspensão alta” ou “fora de estrada”
Exemplos:
K113 CL – ônibus de motor traseiro convencional dois eixos. (203 cv / 303 cv / 320 cv / 354 cv / 362 cv)
k113cl


K113 TL – ônibus de motor traseiro convencional de três eixos. (303 cv / 320 cv / 354 cv / 362 cv)
k113tl


L113 CL – ônibus de motor traseiro “inclinado”, configuração que otimizava espaço interno.  (220 cv / 303 cv / 354 cv)
l113cl


S113 CL – ônibus de motor dianteiro com balanço dianteiro curto – porta dianteira depois da roda. (203 cv / 303 cv)
s113
s113cl


S113 AL – ônibus articulado de motor dianteiro com balanço dianteiro curto – porta dianteira atrás da roda.  (310 vc)
s113al



F113HL – ônibus de motor dianteiro convencional, suspensão alta. (203 cv / 220 vc / 303 cv 310 cv)
f113cl
A FORÇA DO BOI BANDIDO:
Popularmente, o boi bandido é o mais forte do rebanho, o qual não é qualquer um que consegue controlar.  O apelido recebido pelo Scania 113 calhou bem.
Tanto na versão de dois eixos, mas principalmente na de três eixos, o veículo possuía oito marchas para frente.  O segredo não era apenas a potência, mas o torque elevado.
Na manopla do câmbio, existia uma tecla que quando acionada para baixo permitia o engate da 1ª à 4ª marcha. Para cima, o motorista acionava da 5ª à 8ª marcha.
O motor tinha um arranque tão forte que os motoristas costumavam sair em segunda marcha na maioria das vezes.
Veja o vídeo que mostra a operação do “Boi  Bandido”:

O ronco do “Boi Bandido”

Faça uma viagem e ouça o som de um ônibus urbano Scania F113HL:

Ônibus Scania K113 CL com “pente” na turbina:

Motor Scania 113 funcionando fora do chassi:

Motor de L113 em funcionamento num ônibus urbano:

Motor K113 em funcionamento:

Em 1998, a série 3 da Scania era descontinuada, no entanto, foi uma das mais importantes não apenas para Scania, mas para evolução dos transportes e cabe aqui aoBlog Ponto de Ônibus deixar esse registro.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes