Ibrava é outra encarroçadora de ônibus que fecha as portas por causa de crise brasileira

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

Ibrava
Micro-ônibus Ibrava. Licitação de São Paulo pode fazer com que produção seja retomada.
Fabricante de micro-ônibus só deve retomar a produção em 60 dias, se cenário melhorar
ADAMO BAZANI
Nesta semana, a Ibrava – Indústria Brasileira de Veículos Automotores, fabricante especializada em micro-ônibus, encerrou suas atividades temporariamente na planta de Feliz, no Rio Grande do Sul. Foram demitidos 70 funcionários.
Os trabalhos só devem retomar depois de 60 dias, isso se houver melhora no mercado de veículos pesados que foi atingido pela crise econômica brasileira.
De acordo com diretor comercial de sócio da encarroçadora, Miguel Rizzo, ao jornal local Fato Novo, em 2012, chegavam a ser montados 60 micro-ônibus por mês. No ano passado, a média mensal não passou de 20 veículos.
A empresa está instalada no município de Feliz, no Rio Grande do Sul, desde 2008. A Ibrava chegou a participar em 2010 de um projeto de elaboração de um novo trólebus para Capital Paulista. A unidade ainda roda pelas ruas de São Paulo.
A Ibrava tinha projetos de crescimento. A empresa queria fazer outros veículos além de ônibus e chegou a mandar representantes para China. O objetivo era desenvolver ônibus com tecnologia limpa, como elétricos movidos a bateria, no entanto, após a crise econômica no Brasil, todos os projetos foram por água abaixo.
Além da recuperação da economia, a expectativa da Ibrava é em relação à definição da licitação dos transportes na capital paulista. A Ibrava tem como clientes, empresas que se originaram de cooperativas de transporte e que devem participar do certame que está barrado por determinação do TCM – Tribunal de Contas do Município.
EMPRESAS DO SEGMENTO DE ÔNIBUS ENCONTRAM DIFICULDADE:
Os emplacamentos de ônibus no ano passado caíram mais de 40%. Neste ano já começaram também com queda de quase 50%. Todas as empresas que produzem carrocerias ou chassis dizem encontrar dificuldades.
O segmento de ônibus e caminhões é um dos que mais expressam a realidade econômica brasileira por venderem produtos que são bens de capital e que revelam nível de investimento. Se os outros setores não estão investindo, logo os que produzem bens de capital vão sentir também.
Na semana retrasada, o mercado recebeu a informação de que a Comil, fabricante de carroceria de ônibus, fechou as portas por tempo indeterminado da planta de Lorena, no Interior Paulista, onde eram feitos ônibus urbanos.
A Marcopolo Rio, fabricante de carrocerias de ônibus urbanos, colocou funcionários em regime de lay-off, ou seja, suspensão temporária de contrato de trabalho até 6 de junho de 2016.
A fabricante de chassis Mercedes-Benz anunciou o afastamento por tempo indeterminado de 1.500 operários da principal planta do país, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Os trabalhadores foram colcoados em licença remunerada
 Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes